construtora brasileira

Odebrecht recebe multa de US$50 milhões por corrupção na Colômbia

Os executivos da Odebrecht, Luiz Bueno, Luiz Mameri e Yesid Arocha, também terão que pagar multas de US$ 900 mil por "terem colaborado" no esquema de corrupção

Agência France-Presse
postado em 28/12/2020 14:19
 (crédito: YASUYOSHI CHIBA / AFP)
(crédito: YASUYOSHI CHIBA / AFP)

A construtora brasileira Odebrecht deverá pagar multas equivalentes a cerca de 50 milhões de dólares por um esquema de corrupção em torno da construção de uma rodovia na Colômbia, anunciaram as autoridades nesta segunda-feira (28).

A Odebrecht, que recentemente mudou seu nome para Novonor, foi sancionada "por executar um regime restritivo de livre concorrência" na adjudicação do trecho II da Ruta del Sol, uma rodovia de 523 km que liga o centro ao norte do país, e deve pagar multa de 175 bilhões de pesos, explicou a Superintendência da Indústria e Comércio (SIC) em nota.

Segundo a autoridade, a construtora brasileira e seus sócios locais, Corficolombiana e Episol, "desviaram recursos da execução do Contrato (...)" para pagar suborno de 6,5 milhões de dólares a Gabriel García, funcionário do governo colombiano que os favoreceu na licitação do projeto.

Os fatos fazem parte do “esquema de corrupção implantado pela Odebrecht no mundo, que durou mais de uma década e resultou no pagamento de centenas de milhões de dólares em propinas em diversos países”, acrescentou a entidade.

A investigação se baseou no acordo de confissão que a construtora chegou com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em 2016 e na confissão de García, que está em prisão domiciliar cumprindo pena de cinco anos.

Os executivos da Odebrecht, Luiz Bueno, Luiz Mameri e Yesid Arocha, também terão que pagar multas de US$ 900 mil por "terem colaborado" no esquema de corrupção, diz a decisão, da qual cabe recurso à Superintendência.

A empresa brasileira, fundada em 1944 no estado nordestino da Bahia, já foi condenada ao pagamento de multas por corrupção em vários países, incluindo uma de 2,6 bilhões de dólares aos governos do Brasil, dos Estados Unidos e da Suíça.

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