EUA

Apoiadores de Trump são esperados em último protesto em 6 de janeiro

Espera-se que milhares de apoiadores de todo o país, desde o grupo Women for America First, StoptheSteal e os violentos Proud Boys, cheguem à capital dos Estados Unidos pressionando pela alegação não comprovada de Trump de que uma fraude eleitoral em massa está por trás de sua derrota na eleição

Agência France-Presse
postado em 28/12/2020 20:17
 (crédito: SAUL LOEB / AFP)
(crédito: SAUL LOEB / AFP)

O presidente Donald Trump está incentivando seus apoiadores a se reunirem em Washington em 6 de janeiro em um último comício para pressionar o Congresso a não certificar a vitória de Joe Biden nas eleições.

Espera-se que milhares de apoiadores de todo o país, desde o grupo Women for America First, StoptheSteal e os violentos Proud Boys, cheguem à capital dos Estados Unidos pressionando pela alegação não comprovada de Trump de que uma fraude eleitoral em massa está por trás de sua derrota na eleição de 3 de novembro.

Trump tuitou duas vezes neste fim de semana pedindo aos apoiadores que compareçam, rotulando a eleição como "o maior ESQUEMA da história do nosso país".

"Vejo você em Washington, DC, em 6 de janeiro. Não perca", escreveu o presidente em fim de mandato no domingo.

A manifestação levantou temores de nova violência depois que o protesto anterior pró-Trump, do qual participaram os Proud Boys, em 12 de dezembro, resultou em várias pessoas esfaqueadas e dezenas presas.

Trump parece esperar que os manifestantes possam pressionar o Congresso a rejeitar a contagem final dos eleitores estaduais e reverter sua derrota eleitoral.

"Nós, o povo, devemos ir ao gramado e degraus do Capitólio dos Estados Unidos e dizer ao Congresso #DoNotCertify (#NãoCertifique)", declarou o StopTheSteal online.

“O Congresso não pode certificar este colégio eleitoral fraudulento”, afirmou.

Em 6 de janeiro, o vice-presidente Mike Pence deve liderar o Congresso na certificação dos votos do Colégio Eleitoral enviados por cada estado, que representam os resultados do voto popular.

Na sessão conjunta da Câmara dos Representantes e do Senado, Pence deve abrir e ler os certificados que relatam as contagens dos delegados de cada estado e, em seguida, declarar o vencedor.

Esse processo deve ser, como quase sempre, uma formalidade.

O democrata Biden conquistou 306 delegados, enquanto o republicano Trump ganhou apenas 232 nas eleições.

A campanha de Trump perdeu dezenas de ações judiciais em vários estados, com juiz após juiz afirmando não haver evidências de qualquer fraude significativa.

Mas a sessão pode ser paralisada se os legisladores de ambas as casas apresentarem objeções formais ao relatório de qualquer estado.

O representante do Alabama, Mo Brooks, disse à Fox News nesta segunda-feira que tem o apoio de "dezenas" de legisladores para desafiar formalmente as acusações.

Enquanto isso, Trump e seus apoiadores pressionaram Pence a rejeitar unilateralmente os certificados eleitorais de alguns estados pró-Biden, um poder que especialistas jurídicos dizem que Pence não tem.

O congressista republicano Adam Kinzinger disse no domingo que tudo foi um esforço de "certos membros do Congresso e do presidente" para arrecadar dinheiro.

"É uma farsa e vai decepcionar as pessoas que acreditam que esta eleição foi roubada", disse à CNN.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação