Restrições

Com alta da covid-19, Escócia retoma bloqueios até o fim de janeiro

Nesta segunda, o país registrou 1.905 novos casos. A primeira-ministra diz estar "mais preocupada com a situação que enfrentamos agora do que em qualquer momento"

Agência Estado
postado em 04/01/2021 16:13
 (crédito: AFP / Andy Buchanan)
(crédito: AFP / Andy Buchanan)
Diante do aumento do número de casos de covid-19 no mundo, a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, disse que novas medidas de bloqueio serão introduzidas ao final desta segunda-feira, 4, em uma tentativa de conter a nova cepa de disseminação mais rápida do vírus. As regras, aplicadas em todo o país até pelo menos final de janeiro, limitarão a saída de casa apenas para fins essenciais, como comprar comida e remédios.
Nesta segunda, o país registrou 1.905 novos casos. A primeira-ministra diz estar "mais preocupada com a situação que enfrentamos agora do que em qualquer momento desde março do ano passado", com a nova cepa de coronavírus respondendo agora por metade dos novos casos.
Segundo ela, uma "tendência de aumento acentuado de infecções" ameaça colocar "pressão significativa" nos serviços do NHS (Serviço Nacional de Saúde, na sigla em inglês), dizendo que os hospitais podem ultrapassar a capacidade dentro de três a quatro semanas. Conforme dados do governo escocês divulgados pela BBC, são 136.498 casos confirmados de covid-19 na Escócia e 4.578 mortes.
Outros países
Seguindo a tendência de retomada de bloqueios, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que o país deve adotar medidas restritivas se novos casos da covid-19 continuarem aumentando. Em discurso, Fernández criticou os jovens por não tomarem precauções de distanciamento social suficientes durante as férias.
"É necessário que todos sejam socialmente responsáveis", diz Fernández. "Se isso não acontecer, corre o risco de que tudo volte a ficar paralisado e ninguém quer isso para a Argentina." O país totaliza 1.640.718 infecções e 43.482 óbitos, segundo a universidade norte-americana Johns Hopkins.
O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, disse que a variante do novo coronavírus identificada na África do Sul é ainda mais perigosa do que a mutação registrada no Reino Unido.
Segundo a emissora britânica ITV, a preocupação é que cientistas do governo não afirmam que as vacinas serão tão eficazes contra a variante quanto são para a variante do Reino Unido.
Cientistas, incluindo o CEO da BioNTech, Ugur Sahin, e o professor de medicina de Oxford, John Bell, disseram que estão testando as vacinas nas novas variantes e afirmam que farão os ajustes necessários em cerca de seis semanas.
Em Nairóbi, a maior favela da região, Kibera, retornou às aulas presenciais pela primeira vez desde março, quando o governo do Quênia reportou o primeiro caso da covid-19. O país é o último da África Oriental a reabrir totalmente suas escolas. O Quênia soma 96.908 infecções e 1.686 mortes, segundo a universidade norte-americana Johns Hopkins.
A Organização Mundial da Saúde e a agência infantil da ONU, Unicef, afirmam que o fechamento prolongado de escolas apresenta riscos para as crianças nos países mais pobres, como aumento das taxas de gravidez na adolescência, má nutrição e abandono escolar permanente.
O ministro da saúde da França, Olivier Veran, disse que "milhares" de pessoas serão imunizadas nesta segunda-feira, depois de apenas 500 terem recebido a vacina na semana passada. "Hoje, teremos dado milhares de vacinas em todo o país", disse Veran. Segundo a universidade norte-americana Johns Hopkins, o país totaliza 2.712.975 casos e 65.164 óbitos.
 

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