As autoridades de saúde francesas vão estender em breve o abate preventivo de patos no sudoeste do país para tentar conter um "aumento galopante" de surtos de gripe aviária, informou nesta quinta-feira (7) o comitê interprofissional de foie gras Cifog.
"Há um vírus mais forte do que nós. Novas fontes estão surgindo", lamentou a diretora do Cifog, Marie-Pierre Pé. O ministério da Agricultura francês informou na terça-feira que mais de 200.000 patos já foram abatidos em fazendas em todo o país e que mais 400.000 deveriam ser abatidos.
Até 1º de janeiro, 61 surtos de gripe aviária haviam sido identificados na França, incluindo 48 na região de Landes, no sudoeste, onde há um grande número de fazendas de gansos e patos usados para a produção de foie gras.
Segundo Marie-Pierre Pé, estima-se que haveria cerca de 100 focos. "Estamos enfrentando um episódio excepcional com um vírus altamente contagioso", que "afeta fazendas a céu aberto, mas não só", disse Loïc Evain, chefe dos serviços veterinários do ministério, à AFP no início desta semana.
Em nota divulgada no início desta semana, a Confederação Geral de Avicultura (CFA), filiada ao poderoso sindicato agrícola FNSEA, considerou "urgente que o Estado reforce seus meios de ação no terreno, em colaboração com a indústria, para atuar da melhor maneira e o mais rápido possível" para conter o vírus H5N8.
Por sua vez, os sindicatos agrícolas Confédération paysanne e Modef denunciaram o abate preventivo de animais saudáveis, considerando-o "ineficaz do ponto de vista sanitário como moralmente inaceitável".
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