Covid-19

Argentina detecta primeiro caso de cepa britânica do novo coronavírus

As fronteiras estão fechadas até 1º de fevereiro para estrangeiros não residentes e a chegada de voos diretos do Reino Unido foi proibida

Agência France-Presse
postado em 16/01/2021 12:40 / atualizado em 16/01/2021 12:42
 (crédito: Juan Mabromata/AFP)
(crédito: Juan Mabromata/AFP)

A Argentina detectou o primeiro caso da nova variante do coronavírus em um homem que reside no Reino Unido e chegou ao país no final de dezembro, informou neste sábado (16) o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Roberto Salvarezza.

O Consórcio Interinstitucional de Sequenciamento do genoma e estudos genomivos do SARS-COV-2, criado pelo Ministério da Ciência, "detectou a variante de SARS-CoV-2 surgida no Reino Unido em um viajante do exterior. Ele já foi relatado para autoridades de saúde", escreveu o ministro no Twitter.

Se trata de “um argentino residente no Reino Unido, com histórico de viagens à Áustria e Alemanha por motivos de trabalho, que chega assintomático de Frankfurt à Argentina no final de dezembro de 2020 e em (no aeroporto internacional de) Ezeiza testa positivo para antígenos SARS CoV 2 ", afirma o relatório.

“O resultado foi confirmado por PCR em laboratório e o sequenciamento do gene S confirmou a presença da variante VOC202012/01 (Reino Unido) (linhagem B.1.1.7), sendo a primeira vez que foi detectada no país”, acrescenta. O homem está em quarentena em um endereço na cidade de Buenos Aires, disse o partido.

A variante britânica do coronavírus é a segunda a ser registrada na Argentina, depois da do Rio de Janeiro.

O país iniciou sua campanha de vacinação em 29 de dezembro com 300 mil doses da vacina Sputnik V. As outras 300 mil doses, que contêm o segundo componente para completar a vacina do laboratório russo Gamaleya, chegam neste sábado (16) de Moscou em avião fretado pelo governo.

Numa primeira fase, são vacinados os profissionais de saúde mais expostos entre os 18 e os 59 anos. Já foram aplicadas 200.759 doses em todo o país, informou a secretária de Acesso à Saúde, Carla Vizzotti, nesta sexta-feira.

A Argentina também aprovou a vacina Pfizer-BioNTech e a vacina AstraZeneca/Oxford. O governo de Alberto Fernández planeja adquirir um total de 51 milhões de doses.

A Argentina, com 44 milhões de habitantes, registrou mais de 1,78 milhão de infecções desde março do ano passado, com 45.227 mortes e 1,56 milhão recuperadas.

A ocupação de leitos de terapia intensiva (UTI) em todo o país é de 53,7%, em média, mas sobe para 58,9% em Buenos Aires e sua periferia, segundo o Ministério da Saúde.

Na semana passada, as autoridades alertaram para um aumento acentuado de casos em pleno verão do sul, para os quais as atividades noturnas foram restringidas com o fechamento de lojas de 1h às 6h da manhã e as confraternizações foram novamente limitadas a 10 pessoas.

As fronteiras estão fechadas até 1º de fevereiro para estrangeiros não residentes e a chegada de voos diretos do Reino Unido foi proibida.

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