O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador disse neste domingo (17/1) que aceitava uma redução no ritmo de entrega das vacinas da Pfizer/BioNTech contra a covid-19, respondendo a um apelo da ONU aos países ricos para que compartilhassem doses extras compradas com as nações mais pobres.
“Estamos de acordo com isso, que baixem (as doses) e depois reponham o que pertence a nós”, afirmou o presidente do México durante um evento público no estado de Guerrero.
López Obrador não deu detalhes sobre a magnitude da redução, a data de aplicação do corte ou quando as vacinas serão respostas.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou nesta sexta-feira o "fracasso da solidariedade" diante da vacinação, criticando que países mais prósperos compram doses além de suas necessidades "enquanto os mais pobres do mundo não têm nenhuma".
Ele também apontou que é "essencial" que os países se comprometam a compartilhar doses excessivas de vacinas.
O México fechou um acordo no início de dezembro com a Pfizer para comprar 34,4 milhões de doses, suficientes para proteger 17,2 milhões de pessoas.
A primeira remessa, de apenas 2.925 doses, chegou no último dia 23 de dezembro, mas as quatro seguintes foram maiores, até somarem 546.975 em 12 de janeiro.
López Obrador se mostrou a favor de que “não haja acumulação” e que a ONU “disponibilize essas vacinas aos países mais pobres”.
“Em todo caso, não muda o nosso plano, porque já estamos procurando outras vacinas, não só a da Pfizer (...) De modo que vamos ter vacinas suficientes”, acrescentou o presidente de esquerda.
O país tem também acordos de aquisição com o projeto sino-canadense CanSinoBio (35 milhões de doses) e com a britânica AstraZeneca (77,4 milhões), além de fazer parte da iniciativa internacional Covax, que lhe permite a compra de mais 51,6 milhões, e planejar a compra de 24 milhões de unidades da vacina russa Sputnik V.
Com 128 milhões de habitantes, o México é o quarto país com mais mortes na pandemia, com 140.241 óbitos, segundo balanço da AFP a partir de dados oficiais.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.