A África do Sul pagará as primeiras doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca/Oxford quase 2,5 vezes mais caras que na Europa, informou o ministério da Saúde do país africano nesta quinta-feira (21).
"O preço de 5,25 dólares (cerca de 4,32 euros) é o que nos foi comunicado", declarou o ministério à AFP, sem explicar o porquê desta diferença.
As 1,5 milhão de vacinas esperadas na África do Sul para as próximas semanas, obtidas nas negociações bilaterais entre o governo com a aliança AstraZeneca/Oxford, estão sendo fabricadas no Serum Institute of India (SII).
Os países da União Europeia (UE) pagarão pelas vacinas do mesmo laboratório somente 1,78 euros, de acordo com a informação de meados de dezembro divulgada no Twitter por um ministro belga.
O preço das vacinas é atualmente um assunto delicado em nível mundial, com muitas negociações em andamento com os grandes laboratórios farmacêuticos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu recentemente aos governos para encerrar as negociações bilaterais com os laboratórios, sob risco de aumentar os preços.
A África do Sul tem dificuldades para financiar a imunização de sua população - 59 milhões de pessoas -, e integra o sistema Covax da OMS para um acesso igualitário das vacinas.
A aliança AstraZeneca/Oxford havia se comprometido a vender suas doses a preço de custo, aproximadamente 2,50 euros, "para fornecer a vacina para a população mais ampla possível", afirmou à AFP o presidente da AstraZeneca França.
A África do Sul enfrenta uma segunda onda mortal, com quase 39.000 mortes. O presidente Cyril Ramaphosa anunciou recentemente ter conseguido 20 milhões de vacinas para o primeiro semestre de 2021, entre vários laboratórios, mas sem especificar quais.
O governo é muito criticado pela demora em estabelecer um plano de vacinação.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.