A Espanha somou 527.900 novos desempregados, elevando a taxa de desemprego para 16,1% ao longo de 2020, ano marcado pela pandemia da covid-19 que impactou o país com força em nível sanitário e econômico - informou o Instituto Nacional de Estatística (INE), nesta quinta-feira (28).
Com esses números, a quarta economia da zona do euro fechou 2020 com uma taxa de desemprego pouco abaixo dos 16,26% registrados no final do terceiro trimestre, mas claramente acima do s13,78% de dezembro de 2019.
Os dados são melhores do que o esperado pelo governo de esquerda de Pedro Sánchez, que antecipava 17,1% de taxa de desemprego para o fim do ano.
"O emprego continua se recuperando (...). A taxa de desemprego se reduziu, melhorando as previsões do governo e de todos os órgãos públicos e privados", afirmou a ministra da Economia, Nadia Calviño, que avaliou os dados positivamente.
Segundo ela, esta evolução mostra que "o impacto da segunda e da terceira onda (do coronavírus) é muito menor do que o da primeira onda na primavera" boreal (outono no Brasil), apesar de reconhecer que ainda há muita "incerteza" sobre o desenvolvimento da pandemia e da economia internacional.
Ainda assim, o número de desempregados cresce em 16,5% ao longo do exercício, de 3,19 para 3,79 milhões, enquanto os ocupados caem em mais de 622.000 pessoas, passando de 19,9 milhões para 19,3 milhões de pessoas em um país de 47,5 milhões de habitantes.
A estatística do desemprego não contabiliza as mais de 750.000 pessoas incluídas nos planos de desemprego parcial habilitados pelo governo para evitar demissões em massa nos setores mais castigados pela pandemia, como o de turismo, ou de restaurantes.
O Executivo prolongou para até o fim de maio o financiamento público desses programas, que incluem uma cláusula para as empresas que não podem demitir trabalhadores durante os seis meses posteriores ao recebimento desses auxílios.
Esses planos representam um forte impacto nas finanças públicas do país, com um déficit e uma dívida pública em alta. A pandemia interrompeu o bom desenvolvimento da economia espanhola, que acumulava anos de crescimento acima da média europeia, após superar a dura crise financeira de 2008.
Segundo as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Espanha teria apresentado a maior queda do PIB em 2020 entre as economias ocidentais(-12,8%). O país sofreu muito com a pandemia da covid-19, com mais de 57.000 mortos e mais de 2,6 milhões de casos confirmados.
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