Pressionado pela ONU, Israel fornecerá 5.000 doses de vacinas contra a covid-19 aos trabalhadores da saúde palestinos na Cisjordânia ocupada, informou neste domingo (31) seu ministério da Defesa.
"Confirmo que vamos fornecer 5.000 vacinas para as equipes médicas da Autoridade Palestina", disse à AFP uma porta-voz do ministério da Defesa de Israel, afirmando que essas doses seriam retiradas das reservas israelenses.
Desde o lançamento de sua campanha de vacinação no final de dezembro, Israel vacinou mais de três milhões de pessoas, um terço de sua população, de acordo com os últimos dados das autoridades. Na Faixa de Gaza, território palestino sob controle do Hamas, e na Cisjordânia ocupada, sede da Autoridade Palestina, a vacinação ainda não começou.
O novo coordenador da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, pediu a Israel na semana passada que facilitasse a vacinação dos palestinos contra a covid-19, de acordo com "as obrigações de Israel sob o direito internacional".
Israel, que não especificou as razões pelas quais iria fornecer 5.000 vacinas à Autoridade Palestina, já vacina palestinos em Jerusalém Oriental, a parte oriental da cidade sagrada ocupada e anexada por Israel desde 1967.
A Autoridade Palestina assinou quatro contratos de compra de vacinas, que cobririam 70% dos habitantes de Gaza e da Cisjordânia. As primeiras doses da russa Sputnik V devem chegar nos próximos dias. Desde o início da pandemia, Israel registrou cerca de 641.000 casos de covid-19, dos quais 4.700 morreram. As autoridades palestinas relataram 157.000 infecções, incluindo 1.800 mortes, na Cisjordânia e Gaza.
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