BALANÇO

Deslizamento de terra na Noruega deixa quatro mortos e seis desaparecidos

Na manhã de sábado (2/1), a chefe da polícia local Ida Melbo Øystese disse que esperava encontrar sobreviventes nas bolsas de ar restantes de edifícios que permanecem parcialmente intactos

Socorristas encontraram neste sábado (2/1) um terceiro corpo soterrado após um deslizamento de terra ocorrido na Noruega, o que aumenta o balanço de mortos para quatro, anunciaram autoridades, que dão prosseguimento à operação de resgate, em busca de seis desaparecidos.

"Estava na mesma área que o terceiro corpo. Já removemos os dois corpos", informou esta tarde o policial Knut Hammer, em entrevista coletiva. "Ainda temos esperança de encontrar sobreviventes", havia dito horas antes o socorrista Roy Alkvist, três dias depois do deslizamento, que também deixou 10 feridos e ocorreu em uma cidade a nordeste de Oslo.

Na manhã de sábado, a chefe da polícia local Ida Melbo Øystese disse que esperava encontrar sobreviventes nas bolsas de ar restantes de edifícios que permanecem parcialmente intactos. “Construímos um caminho de evacuação para poder sair rapidamente (da área do desastre) e agora podemos continuar trabalhando durante a noite”, disse um dos responsáveis pela operação, Knut Halvorsen.

Em Ask, no município de Gjerdrum, com 5 mil habitantes e a 25 km da capital norueguesa, o solo afundou na manhã de 30 de dezembro, provocando a evacuação de mil pessoas que não puderam voltar para a região, que permanece instável. A terra cedeu novamente nas primeiras horas deste sábado.

"Estamos em um hotel ... é uma situação completamente surreal e terrível", disseram à AFP dois moradores evacuados, Olav Gjerdingen e Sissel Meyer Gjerdingen. Quarenta e uma residências desabaram e algumas foram arrastadas por mais de 400 metros.

A Autoridade Norueguesa de Água e Energia (NVE) estima que o deslizamento de terra ocorreu em uma área de aproximadamente 350 por 800 metros. Dez pessoas ficaram feridas, uma delas gravemente e teve que ser transferida para Oslo.

A primeira-ministra Erna Solberg, que viajou ao local, ressaltou que este deslizamento de terra foi "um dos maiores" que seu país já conheceu.