Clima

Tempestade no Chile deixa inundações e ameaça água potável

As inesperadas chuvas nesta época do ano na área central, que sofreu a pior seca de sua história dos últimos 10 anos, afetaram os cultivos, principalmente de uva de mesa, produto de exportação neste país e do qual se estima que metade da produção tenha sido destruída

Agência France-Presse
postado em 01/02/2021 13:29
 (crédito: Marcos Vieira/Estado de Minas)
(crédito: Marcos Vieira/Estado de Minas)

Uma atípica tempestade de verão continua atingindo o Chile nesta segunda-feira (1o) após passar três dias pelo centro-sul do país, onde deixou inundações, deslizamentos de terra e apagões, e ameaça deixar quase seis milhões de pessoas em Santiago sem água potável.

As inesperadas chuvas nesta época do ano na área central, que sofreu a pior seca de sua história dos últimos 10 anos, afetaram os cultivos, principalmente de uva de mesa, produto de exportação neste país e do qual se estima que metade da produção tenha sido destruída.

Na regão metropolitana, à qual Santiago pertence, as chuvas registraram um recorde histórico para o mês de janeiro e uma baixa na temperatura que deixou picos nevados na cordilheira dos Andes, depois de um mês com vários dias acima dos 32 graus Celsius.

O início da tempestade nesta sexta-feira deixou cortes na energia elétrica que chegaram a afetar mais de 400.000 pessoas e algumas delas ainda continuam sem eletricidade.

Nas áreas próximas à cordilheira, principalmente no oeste de Santiago e na área do Cajón del Maipo, um vale em volta do rio homônimo que é um lugar de lazer no verão para os habitantes da capital, estradas e cidades foram afetadas por deslizamentos de terra e lama que inundaram a área.

Este acidente natural não deixou feridos ou mortos, mas obrigou a evacuação de áreas completas por risco de novos deslizamentos de terra ou por estarem incomunicáveis.

Na capital, ruas inundadas pela água e árvores caídas dominaram as emergências no fim de semana. As autoridades pediram no domingo à população para coletar água potável devido à possibilidade de um corte maciço do fornecimento, por conta da incapacidade de produção pela turbidez registrada nos rios que abastecem Santiago.

O corte de água poderia afetar quase seis dos sete milhões de habitantes da região Metropolitana, segundo as autoridades.


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