
Os médicos e profissionais da saúde da região de Santa Cruz (leste), a mais castigada pela covid-19 na Bolívia, começaram nesta terça-feira (9) uma greve de 48 horas para exigir uma quarentena obrigatória para conter a pandemia.
Apenas os serviços de emergência e os hospitais que atendem pacientes com coronavírus continuam funcionando regularmente, mas as outras especialidades foram suspensas, informou o presidente do colégio médico da região, Luis Aguilera.
O presidente disse que o protesto é para exigir ao governo de Santa Cruz uma quarentena obrigatória na região. "Nossos governantes não dão ouvidos ao pedido para diminuir a curva epidemiológica da covid-19", afirmou.
Santa Cruz, a região mais próspera e populosa da Bolívia, é a que conta mais casos e mortes pelo vírus. No entanto, quase todas as suas atividades econômicas e comerciais estão normalizadas, assim como o transporte público.
A Bolívia, com 11,5 milhões de habitantes, enfrenta desde dezembro a segunda onda da covid-19 e acumula mais de 229.180 casos e mais de 10.850 mortos pela pandemia.
Os médicos de todo o país também estão em "alerta" diante do iminente impulso por parte do presidente Luis Arce de uma "lei de emergência sanitária", a qual consideram que afeta seus interesses.
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