CONFLITO

Negociações para libertação de prisioneiros no Iêmen fracassam

No conflito no Iêmen, se enfrentam os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, e o governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, apoiado desde 2015 por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita

As negociações para uma nova troca de prisioneiros entre as partes do conflito no Iêmen, realizadas em Amã, na Jordânia, terminaram em um fracasso, disse a ONU em um comunicado neste domingo (21/2).

"Estou decepcionado que esta rodada de negociações não tenha rendido os mesmos resultados que vimos em setembro na Suíça, com a histórica libertação de 1.056 detidos", lamentou o enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, citado na nota.

"Exorto as partes a continuarem suas discussões e consultas (...) para libertar mais prisioneiros em breve", acrescentou.

No conflito no Iêmen, se enfrentam os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, e o governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, apoiado desde 2015 por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.

Em 2018, os dois lados chegaram a um acordo, patrocinado pela ONU, para a troca de 15 mil prisioneiros. Assim, centenas puderam retornar para suas casas em outubro.

No entanto, a quinta reunião do comitê de monitoramento do acordo sobre a troca de prisioneiros, co-presidido pela ONU e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que havia começado em 24 de janeiro em Amã, não obteve qualquer progresso.

Mesmo assim, os envolvidos "se comprometeram a continuar negociando os parâmetros de uma futura operação em grande escala", enfatizou a ONU.

O conflito no Iêmen já matou dezenas de milhares de pessoas e deixou 3,3 milhões de desabrigados. Além disso, 24,1 milhões de habitantes, mais de dois terços da população, precisam de assistência humanitária, segundo as ONU.