O presidente iraniano, Hassan Rohani, pediu neste domingo (7) aos países europeus que evitem "qualquer ameaça ou pressão" nas negociações com Teerã sobre seu programa nuclear em uma reunião com o ministro das Relações Exteriores irlandês, Simon Coveney.
Desde a chegada de Joe Biden à Casa Branca, Estados Unidos, os europeus França, Alemanha e Reino Unido e o Irã tentam salvar o acordo de 2015, pelo qual Teerã limitava seu programa nuclear em troca do levantamento de sanções internacionais.
A retirada dos Estados Unidos do acordo em 2018, durante a gestão de Donald Trump, e a reimposição de sanções foi um sério revés para os defensores do pacto.
"A melhor maneira de resolver os problemas com os parceiros europeus (...) é por meio de negociações baseadas no respeito e evitando qualquer ameaça ou pressão", disse Rohani durante a reunião, segundo um comunicado da presidência iraniana.
Rohani reiterou sua crítica à "passividade da Europa em relação aos compromissos" do acordo, acrescentando que o Irã se comprometeu a "preservá-lo" como "a única parte que pagou o preço".
Seus comentários vêm dias depois que Berlim, Paris e Londres decidiram não apresentar uma resolução crítica ao Irã à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), uma decisão que Teerã celebrou como uma oportunidade para a diplomacia.
Em 23 de fevereiro, o Irã começou a restringir algumas inspeções da AIEA depois que o prazo estabelecido por seu parlamento para a suspensão das sanções americanas expirou.
No entanto, o Irã e a AIEA chegaram a um acordo técnico temporário para limitar o escopo da suspensão de qualquer inspeção por um período de até três meses.
O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, tuitou na sexta-feira que apresentará "em breve" um "plano de ação construtivo e concreto para Teerã por meio dos canais diplomáticos apropriados".
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