Os Estados Unidos farão "o que for necessário" para se defenderem, afirmou neste domingo (7) o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, dias depois de vários foguetes terem atingido uma base com tropas da coalizão no Iraque, aumentando ainda mais as tensões entre Washington e Damasco em solo iraquiano.
Austin disse à ABC News que os Estados Unidos investigam quem está por trás do lançamento de dez foguetes que atingiram a extensa base militar de Ain Al Asad, situada em pleno deserto no oeste do Iraque, em 3 de março.
Nenhum funcionário americano se feriu, mas um terceirizado desta nacionalidade, sim. Ele sofreu uma crise cardíaca quando ia se refugiar e morreu logo depois, informou o Pentágono.
Austin afirmou que Washington está reivindicando às autoridades que ajam com rapidez e investiguem quem está por trás do ataque, o quarto registrado nas últimas semanas contra locais onde operam forças dos Estados Unidos.
"Queremos nos assegurar de que, mais uma vez, entendemos quem é responsável por isto. A mensagem para aqueles que executarem um ataque deste tipo é que devem esperar que façamos o necessário para nos defendermos", afirmou ao programa da ABC News' "This Week".
"Atacaremos se isto é o que achamos que devemos fazer no tempo e no local que nós escolhermos", acrescentou.
O ataque de quarta-feira ocorreu cinco dias depois de os Estados Unidos adotarem represálias por outros ataques anteriores, bombardeando um depósito na fronteira com a Síria que, segundo o Pentágono, era usado pelas milícias armadas iraquianas, apoiadas pelo Irã e vinculadas previamente com os ataques com foguetes.
Os observadores afirmam que os foguetes podem ser uma forma de Teerã pressionar Washington, que desde a chegada ao poder do presidente Joe Biden ofereceu o reativamento do acordo nuclear com o Irã, abandonado por seu antecessor, Donald Trump, em 2018.
Biden tem dito também que os Estados Unidos trabalham para identificar os responsáveis e que "fará julgamentos a partir deste ponto".
Austin foi perguntado também se Teerã tem sido informada de que uma resposta não significa uma escalada.
"Acho que o Irã é totalmente capaz de avaliar (...) o ataque e nossas atividades, e tirarão suas próprias conclusões", avaliou.
"Mas o que devem extrair disto é, de novo, que vamos defender nossas tropas e nossa resposta será pensada, apropriada. Esperamos que escolham fazer o correto".
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