A China lançou oficialmente, ontem, um passaporte digital que permite verificar a situação da saúde dos viajantes, uma iniciativa que também está sendo analisada nos Estados Unidos e na Europa. O “certificado de saúde para viagens internacionais” é um aplicativo para smartphones que mostra e analisa o histórico de vacinação e os resultados dos testes de covid-19 (PCR e anticorpos).
Na avaliação de especialistas, a iniciativa poderá contribuir para a abertura de fronteiras. No momento, o sistema não é obrigatório e está reservado aos chineses. Washington e Londres cogitam adotar sistemas similares. Na União Europeia (UE), a proposta de um passaporte verde será apresentada pela Comissão Europeia no próximo dia 17.
Ao mesmo tempo, os europeus tentam acelerar a vacinação, em meio a uma nova polêmica: enquanto a vacina russa Sputnik V começou a ser examinada na semana passada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Moscou criticou, ontem, as palavras de uma diretora do organismo, que “desaconselhou” a concessão de uma autorização de emergência para o fármaco.
“É um pouco como a roleta russa”, disse a presidente do conselho direção da EMA, Christa Wirthumer-Hoche, para quem os dados sobre as pessoas vacinadas com a Sputnik V são insuficientes. “Pedimos uma desculpa pública”, reagiram, em uma rede social, o centro de pesquisa estatal Gamaleya e o Fundo Soberano Russo (RDIF), criadores do imunizante. “Comentários desse tipo são inadequados”, acrescentaram.
Mesmo sem o pronunciamento da EMA, vários países da UE já autorizaram a Sputnik V, como Hungria, República Tcheca e Eslováquia. Enquanto isso, a Câmara de Comércio Itália-Rússia anunciou que o imunizante russo será fabricada pelos italianos, um fato inédito na UE. “Serão produzidas 10 milhões de doses entre 1º de julho e 1º de fevereiro de 2022”, informou Stefano Maggi, assessor de imprensa da instituição, à agência de notícias France-Presse.
Flexibilização
Após a aplicação de quase 305 milhões de doses de vacinas em todo o mundo, alguns países começaram a flexibilizar suas restrições. O Reino Unido anunciou que vai fechar no mês que vem os hospitais de campanha criados para enfrentar a crise. As escolas reabriram as portas, na primeira etapa para o fim progressivo do terceiro confinamento no país, imposto em janeiro.
Algumas restrições também foram suspensas na Alemanha, onde voltaram a funcionar livrarias, floriculturas e outros estabelecimentos em algumas regiões. Israel, que lidera a vacinação no mundo, praticamente voltou à normalidade esta semana.
Em pouco mais de um ano, a pandemia provocou 2,6 milhões de mortes entre 117 milhões de infectados no mundo. O coronavírus continua avançando na América Latina, que registrou mais de 700 mil óbitos, segundo um balanço da AFP.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.