O primeiro-ministro da Líbia, Abdelhamid Dbeibah, que deve liderar a transição até as eleições previstas para dezembro, prestou juramento ontem, na sede provisória do Parlamento, instalada em 2014 em Tobruk, 1.300km a leste de Trípoli. O bilionário de 61 anos, foi nomeado premiê interino em 5 de fevereiro por 75 autoridades líbias reunidas em Genebra, sob a mediação da ONU.
O país vive mergulhado em um caos desde a Primavera Árabe, que derrubou o regime de Muammar Kadhafi, literamente linchado pelos rebeldes. Dbeibah prometeu “preservar a unidade, a segurança e a integridade” da Líbia, numa mensagem elogiada pelo embaixador da União Europeia na Líbia, Jose Sabadell.
O novo Executivo substitui o Governo de União Nacional (GNA) de Fayez Al Sarraj — instalado em 2016 no oeste do país e admitido pela ONU — e o gabinete paralelo de Abdallah Al-Theni — não reconhecido pela comunidade internacional. Nenhum dos dois foi à cerimônia. A missão de Dbeibah está prevista para terminar em 24 de dezembro, data em que estão marcadas eleições no país.
Cinco ministérios, entre eles o das Relações Exteriores e o da Justiça, foram atribuídos às mulheres, um fato inédito no país de 7 milhões de habitantes.
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