Rússia

Alexei Navalny compara sua prisão a um roteiro da saga Star Wars

Navalny foi detido ao retornar para a Rússia em janeiro, após vários meses de convalescença na Alemanha, onde se recuperava de um envenenamento

Correio Braziliense
postado em 22/03/2021 16:22
 (crédito: MLADEN ANTONOV / AFP)
(crédito: MLADEN ANTONOV / AFP)

O opositor russo Alexei Navalny, que cumpre uma condenação de dois anos e meio em uma colônia penitenciária, comparou nesta segunda-feira (22) sua vida cotidiana como detido com a de um Stormtrooper, os soldados imperiais da saga Star Wars.

Em uma publicação no Instagram, o opositor de 44 anos descreve sua rotina matinal, que começa às 06h00 com exercícios. "Mas antes do exercício, ouvimos o hino nacional", continua.

"Imaginem, a área ao redor do quartel, a neve, homens com roupas de prisioneiros, com botas e chapéus de pele, parados no meio da escuridão, com as mãos atrás das costas, e um alto-falante em um poste que ecoa: 'Seja gloriosa, nossa livre Pátria'. Um verdadeiro deleite", descreve o opositor.

Depois, é a hora do exercício de marcha que "todos em meu destacamento chamamos de 'O Império Contra-ataca'"

"Neste instante, imagino que estou gravando o 'remake' russo de Star Wars onde, em vez de Stormtroopers, há condenados com mochilas e ushankas" - chapéus de pele típicos russos com uma parte dobrável sobre as orelhas.

Esta é a segunda vez que o opositor publica uma mensagem desde sua chegada à colônia penal número 2 de Pokrov, a 100 km de Moscou, onde deve cumprir sua pena. Na semana passada, ele comparou o local da prisão com um "campo de concentração".

Navalny foi detido ao retornar para a Rússia em janeiro, após vários meses de convalescença na Alemanha, onde se recuperava de um envenenamento do qual ele acusa o Kremlin.

Condenado a dois anos e meio de prisão por uma questão de fraude que data de 2014 e que ele denuncia como política, Navalny é também alvo de outros processos judiciais.

Nesta seguda-feira, a Justiça russa rejeitou o processo do opositor que acusa os investigadores de "inação" porque se negaram a abrir uma investigação sobre seu envenenamento.

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