Covid-19

Brasil é um perigo para países vizinhos, alerta OPAS

Descontrole da pandemia e aumento das infecções em estados vizinhos que fazem fronteiras com o país preocupam direção da Organização Pan-Americana da Saúde

Agência France-Presse
postado em 23/03/2021 14:12
 (crédito: MARCIO JAMES / AFP)
(crédito: MARCIO JAMES / AFP)

Washington, Estados Unidos - A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou nesta terça-feira (23) sobre o "terrível" aumento da covid-19 no Brasil, que atinge também seus vizinhos Venezuela, Bolívia e Peru, e destacou o aumento das infecções no Chile, Paraguai e Uruguai.

A transmissão do vírus "continua aumentando perigosamente em todo o Brasil", declarou em coletiva de imprensa a diretora da OPAS, Carissa Etienne, considerando "crucial" que o gigante sul-americano adote medidas preventivas para conter a propagação do vírus.

"Infelizmente, a terrível situação do Brasil está afetando também os países vizinhos. Os casos aumentaram na Venezuela, principalmente nos estados de Bolívar e Amazonas, que fazem fronteira com o Brasil", disse.

"Foi registrado um aumento de casos no departamento de Pando, na Bolívia, e a ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) continua muito alta em Loreto, no Peru", acrescentou.

Etienne também apontou o aumento das infecções no Cone Sul, destacando a pressão sobre o sistema de saúde do Paraguai, onde a maioria dos leitos de UTI estão ocupados, e chamando a atenção para a situação "alarmante" do Uruguai, um pequeno país de 3,4 milhões de habitantes.

“O Uruguai notificou mais de 1.000 casos por dia várias vezes nas últimas semanas, o que é alarmante pelo tamanho do país".

Além disso, Etienne relatou um aumento constante nas infecções por covid-19 na Jamaica, Cuba, Aruba, Curaçao e Antígua e Barbuda.

E disse que embora os casos tenham começado a se estabilizar nos Estados Unidos, Canadá e México, mais casos foram relatados em Ontário, Canadá, e um aumento nas mortes nos estados americanos de Minnesota e West Virginia.

"Devemos continuar a levar a covid-19 a sério", enfatizou.

"O que acabei de descrever é uma emergência ativa de saúde pública. O vírus da covid-19 não está retrocedendo, nem a pandemia está começando a desaparecer", concluiu.

 

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