Economia

Setor privado da Eurozona recupera crescimento após seis meses de queda

O setor de serviços permanece, no entanto, em território recessivo

Agência France-Presse
postado em 24/03/2021 10:29
 (crédito: Daniel SORABJI)
(crédito: Daniel SORABJI)

A atividade no setor privado na zona do euro recuperou o crescimento em março, após seis meses de queda, apesar da pandemia de coronavírus - informa a estimativa do índice PMI da Markit divulgada nesta quarta-feira (24/3).

O PMI de março ficou em 52,5 pontos, depois de ter registrado 48,8 pontos em fevereiro. De acordo com o índice PMI, um número inferior a 50 representa uma contração, e crescimento, quando ultrapassa essa marca.

"A economia da Eurozona superou as expectativas em março, mostrando uma expansão muito melhor do que o antecipado, principalmente graças a um aumento recorde na produção industrial", disse o economista-chefe de mercado da Markit, Chris Williamson.

O estudo da Markit revelou uma recuperação significativa da atividade na Alemanha, a maior economia da zona do euro. O país expandiu a produção industrial no bloco para 63 pontos, seu nível mais alto desde 1997.

O setor de serviços permanece, no entanto, em território recessivo sob os efeitos da pandemia, mas a taxa de declínio começa a se enfraquecer, acrescentou a Markit.

A aceleração na produção fabril também se refletiu nos níveis de contratação, já que os fabricantes viram o número de funcionários aumentar a um ritmo que não se via desde agosto de 2018.

Os serviços, que incluem os setores de turismo e de hotelaria, tiveram uma taxa de criação de empregos muito mais modesta, de acordo com o estudo da Markit.

A expectativa é de continuidade na depressão no setor de serviços e que a pandemia ainda traga dificuldades extremas para as empresas.

"Essa característica da economia, exibindo velocidades diferentes, provavelmente persistirá por algum tempo", disse Williamson.

A Markit também advertiu que o aumento na demanda por bens está "esticando as cadeias de suprimentos a um nível sem precedentes", o que pode deflagrar uma inflação nos preços ao consumidor nos próximos meses.

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