O papa Francisco se prepara para celebrar no Vaticano, pelo segundo ano, uma Semana Santa especial por causa da pandemia e sem multidões de fiéis, em meio à terceira onda de coronavírus.
Um dos momentos mais importantes da tradição católica, que remete à crucificação de Jesus, acontecerá sem o tradicional lava-pés na Quinta-feira Santa e sem a Via Crúcis precedida pelo pontífice em torno do Coliseu romano.
Pelo segundo ano consecutivo, devido às restrições sanitárias impostas pela pandemia na Itália, todos os atos da Semana Santa serão celebrados dentro dos muros vaticanos.
Conforme o programa divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Vaticano, as cerimônias litúrgicas vão acontecer "com uma presença limitada dos fiéis", em respeito às medidas sanitárias previstas.
O pontífice celebrará os ritos da Semana Santa no chamado altar da cátedra dentro da Basílica de São Pedro e, na Sexta-feira Santa, 2 de abril, presidirá a Via Crúcis da Praça de São Pedro, como no ano passado.
A imagem extraordinária e solitária de Francisco no meio da praça vazia foi o emblema, no ano passado, da tragédia mundial, à qual o líder de 1,3 bilhão de católicos se referiu como a "hora mais obscura". A seu momento, também lançou uma mensagem de esperança, na qual comparou os tempos atuais com aqueles vividos pelos seguidores de Jesus depois de terem-no crucificado.
Este ano, como informou o diretor da assessoria de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, as meditações da Sexta-feira Santa foram escritas por um grupo de crianças escoteiras de Úmbria (região central do país) e da paróquia romana dos Santos Mártires de Uganda.
As diferentes estações serão ilustradas pelos desenhos feitos por crianças que vivem em abrigos em Roma e que sofreram discriminação e humilhações.
No Domingo de Páscoa, 4 de abril, o papa dará a tradicional bênção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo), da Basílica de São Pedro. Nela, envia uma mensagem aos católicos e percorre os conflitos que castigam o mundo.
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