VIOLÊNCIA

Bombardeio na Ucrânia deixa quatro soldados mortos e dois feridos

O, sem precedentes desde agosto de 2019, poderia ser o fim da frágil trégua que se aplicava mais ou menos desde o mês de julho do ano passado do país com a Rússia

Agência France-Presse
postado em 26/03/2021 19:45 / atualizado em 26/03/2021 19:46
Região segue em histórico de instabilidade — imagem feita em 2014 -  (crédito: Mauricio Lima/Divulgação)
Região segue em histórico de instabilidade — imagem feita em 2014 - (crédito: Mauricio Lima/Divulgação)

Quatro soldados ucranianos morreram nesta sexta-feira (26/3) e outros dois ficaram feridos em um bombardeio no leste da Ucrânia, que está imersa em uma guerra com os separatistas pró-Rússia desde 2014, disse Kiev.

Os separatistas "voltaram a violar o cessar-fogo e dispararam contra as posições ucranianas" com morteiros, lança-granadas e metralhadoras de grande calibre perto da aldeia de Shumy, na região de Donetsk, informou o Exército ucraniano em um comunicado.

"Infelizmente, observamos uma escalada desde o início do ano", lamentou o presidente ucraniano Volodimir Zelenski à noite, oferecendo suas condolências às famílias dos soldados mortos. "Não podemos permitir que o processo de paz ande para trás", acrescentou.

Este incidente, sem precedentes desde agosto de 2019, poderia ser o fim da frágil trégua que se aplicava mais ou menos desde o mês de julho do ano passado.

Em um comunicado conjunto divulgado nesta sexta-feira pela missão francesa na ONU, 45 países "condenam veementemente a contínua desestabilização da Ucrânia operada pela Rússia e, especificamente, as ações da Rússia em algumas áreas das regiões de Donetsk e Lugansk, em contradição com os compromissos assumidos nos acordos de Minsk".

"A Rússia é parte do conflito no leste da Ucrânia e não um mediador", enfatiza o texto.

Os signatários da declaração incluem os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, a maioria dos membros da União Europeia, Turquia e Costa Rica.

A Ucrânia sofreu 50 baixas em suas fileiras em 2020, metade do ano anterior.

O conflito no leste do país causou mais de 13.000 mortes e cerca de um milhão e meio de pessoas deslocadas desde que surgiu, em 2014.

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