O vídeo mostra o policial Chauvin com o joelho no pescoço de Floyd por mais de nove minutos, enquanto Floyd implora para não ser ferido. Floyd diz: "Eu não sou um cara mau", ele diz.
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Chauvin, de 45 anos, foi demitido da polícia e nega todas as acusações.
Os advogados de defesa indicaram que argumentarão que Floyd, de 46 anos, morreu de overdose e problemas de saúde. Também devem alegar que a força usada no episódio foi razoável.
Analistas acreditam que os promotores que defendem o policial podem querer usar as novas imagens para tentar provar que a morte de Floyd teve alguma relação com o uso de drogas.
O que as novas imagens revelam?
O tribunal viu imagens das câmeras nos corpos dos oficiais Thomas Lane, J Alexander Kueng e Tou Thao. A câmera de Chauvin caiu no chão enquanto a prisão se desenrolava e, portanto, não fez imagens do incidente.
Na filmagem da câmera de Lane, Floyd é visto sendo confrontado pela polícia. Ele implora: "Por favor, não atirem em mim (...) Acabei de perder minha mãe".
Floyd está algemado e continua a implorar aos oficiais Lane e Kueng, dizendo que não está resistindo a eles e "fará tudo o que disserem".
Uma briga ocorre quando a polícia tenta colocar Floyd em um veículo. Ele começa a chorar e a resistir enquanto diz que está claustrofóbico e ansioso.
Chauvin e seu parceiro Thao chegam quando a prisão está em andamento.
Enquanto os policiais o arrastam para fora do carro e o prendem no chão, Floyd pode ser ouvido chamando por sua mãe e dizendo a seus familiares que os ama.
Pessoas que assistem a cena começam a gritar com os policiais, pedindo que verificassem o pulso de Floyd e que parem de segurá-lo.
O que as testemunhas disseram na quarta-feira?
A polícia foi acionada depois que Floyd usou uma nota falsa em uma loja de conveniência.
O funcionário da loja, Christopher Martin, de 19 anos, disse ao tribunal que interagiu brevemente com Floyd pouco antes de sua prisão.
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Ele disse que Floyd "parecia estar chapado" porque se esforçava para responder a perguntas simples, mas estava lúcido o suficiente para manter uma conversa.
Ele descreveu Floyd como "amigável e acessível".
No vídeo de vigilância da loja, o Floyd pode ser visto rindo e conversando com as pessoas.
Martin disse ao júri que vendeu a Floyd um maço de cigarros e recebeu uma nota falsificada como pagamento. Martin disse saber que a nota era falsa por sua cor e textura, mas acrescentou que Floyd "não parecia saber que era uma nota falsa".
Ele disse que considerou deixar a loja descontar de seu salário em vez de confrontar Floyd, mas então decidiu contar ao seu gerente. Outro funcionário chamou a polícia.
Martin, que testemunhou a prisão, disse que sente "descrença e culpa" porque "se eu simplesmente não tivesse aceitado a nota, isso poderia ter sido evitado".
A testemunha Charles McMillian, de 61 anos, também falou no julgamento nesta quarta-feira.
Com base nas imagens das câmeras de segurança, McMillian teria sido o primeiro a ver Floyd sendo detido. Ele disse ao tribunal que estava conversando com Floyd, tentando convencê-lo a entrar no carro da polícia.
McMillian disse que se lembra de ter se sentido "desamparado" ao ver o incidente se desenrolar. Ele pode ser ouvido no vídeo dizendo a Chauvin: "Seu joelho no pescoço dele, isso está errado, cara".
Enquanto o tribunal via imagens da prisão, McMillian começou a chorar e soluçar, e o juiz pediu um breve recesso.
O que mais aconteceu no julgamento até agora?
Em suas declarações iniciais na segunda-feira, o promotor Jerry Blackwell disse ao júri que Chauvin "traiu seu distintivo" ao se ajoelhar no pescoço de Floyd e usar "força excessiva e irracional" para detê-lo.
Enquanto isso, o advogado de Chauvin, Eric Nelson, disse que o caso era sobre as evidências, não sobre uma "causa política ou social". Ele disse que Floyd havia tomado drogas imediatamente antes de sua prisão "em um esforço para escondê-las da polícia", e sugeriu que isso contribuiu para sua morte.
Quatro testemunhas depuseram na terça-feira. Darnella — a adolescente que filmou o episódio todo com seu celular, e cujas imagens geraram protestos globais — disse que fica acordada até hoje "se desculpando" com Floyd por "não ter feito mais".
Ela disse ao tribunal que começou a filmar em seu telefone porque "viu um homem apavorado, implorando por sua vida".
"Não estava certo — ele estava com dor", disse ela.
Uma testemunha, Donald Williams, que tem treinamento em artes marciais mistas, foi interrogado por mais de uma hora pela promotoria e pela defesa na segunda-feira e novamente na terça-feira.
Ele disse ao tribunal que Chauvin usou uma técnica perigosa chamada "sufocamento com sangue" e estava movendo o joelho para frente e para trás para aumentar a pressão nas costas e no pescoço de Floyd.
Ele rejeitou as sugestões da defesa de que os transeuntes fossem uma ameaça aos policiais.
Genevieve Hansen, bombeira de Minneapolis e técnica de emergência médica que estava de folga no momento da prisão, disse que estava "desesperada para ajudar" Floyd, mas que os policiais não permitiram.
Chauvin ficou em silêncio o tempo todo, fazendo anotações em um bloco de notas amarelo enquanto ouvia os testemunhos.
Por que esse caso é tão importante?
O vídeo de Derek Chauvin ajoelhado no pescoço de George Floyd, o sufocando até a morte, foi assistido em todo o mundo no ano passado.
Para muitos, a morte de Floyd sob custódia policial se tornou um símbolo da brutalidade policial — especialmente contra não-brancos — e gerou manifestações em massa por justiça racial.
Mas, apesar do clamor global, a solução legal para este caso ainda está em aberto. Nos EUA, policiais raramente são condenados por mortes que ocorrem quando estão no serviço, e muitos sequer são indiciados e levados a julgamento.
O veredicto neste caso será amplamente visto como uma indicação de como o sistema legal dos EUA trata as mortes que ocorrem durante a custódia policial.
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