O Equador estuda aumentar as restrições de mobilidade com toques de recolher, para conter o aumento das infecções por coronavírus, anunciou a vice-presidente, María Alejandra Muñoz, nesta quinta-feira (1°/4).
"O que está sendo avaliado é a probabilidade, de fato, de toques de recolher muito, muito direcionados", disse a autoridade, durante o início de um dia de vacinação contra a covid-19 para membros da Polícia, no porto de Guayaquil (sudoeste).
A vice-presidente esclareceu que está se analisando para que essas restrições, "em hipótese alguma, alterem o processo eleitoral" marcado para 11 de abril, quando será realizada a votação para a eleição do sucessor do presidente Lenín Moreno.
Devido à repercussão dos casos, a vice lembrou que, nas regiões com maiores índices de contágio, "medidas estão sendo tomadas para controlar aglomerações". O Equador registrou 330.388 casos de covid-19 desde o início da pandemia, incluindo 16.877 mortes.
O porto de Guayaquil (sudoeste), com 2,7 milhões de habitantes, um dos primeiros focos da pandemia na América Latina, decidiu, entre outras medidas, proibir a circulação noturna de veículos por 10 horas. Lá, os casos de covid-19 aumentaram 15% em março em relação a fevereiro, segundo dados oficiais. Há um ano, no pior momento da pandemia, seu sistema de saúde e funerário entrou em colapso.
Quito, o país com o maior número de positivos para a doença, superior a 106.000 casos, mantém restrições ao tráfego de veículos durante o dia. E antes do feriado da Páscoa, outros municípios equatorianos concordaram em fechar as praias do país para impedir uma nova onda de covid-19.
Alejandra Muñoz fez um chamado à cidadania, para que se evite "processos restritivos" que possam afetar "a sobrevivência econômica dos equatorianos", como o confinamento total que o país andino experimentou durante grande parte do ano de 2020.
Por causa da pandemia, o Equador fechou suas fronteiras terrestres e marítimas por um ano e as aulas presenciais foram suspensas.
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