As autoridades do Quirguistão começaram nesta sexta-feira (16) a promover a raiz de uma planta conhecida por ser muito tóxica aos humanos como um suposto remédio milagroso contra o coronavírus, em meio a uma onda de infecções no país da Ásia Central.
O ministério da Saúde apresentou a preparação em uma entrevista coletiva, garantindo que o presidente havia usado a erva para curar "milhares" de prisioneiros enfermos.
Alimkadir Beichenaliyev, ministro da Saúde, bebeu diante dos jornalistas alguns goles do remédio, que contém extratos da raiz de acônito, planta com toxinas letais para o homem, mas que é usada na medicina tradicional.
"Não há risco para a saúde", disse ele. "Devem beber quente e em dois ou três dias, o PCR positivo desaparece e a pessoa se sente melhor", garantiu o ministro.
Antes da coletiva, o presidente Sadir Khaparov postou um vídeo no Facebook do engarramento da bebida por homens sem qualquer proteção.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou esta promoção realizada pelas autoridades quirguizes. "Um medicamento que não passou por testes clínicos não pode ser aprovado ou recomendado para uso generalizado pela população", garantiu o organismo.
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