Internacional

Merkel pede que alemães obedeçam lockdown; EUA vê demanda por vacinas cair

Merkel falou que as novas regras são duras, mas insistiu que elas são necessárias para conter o avanço da pandemia

Agência Estado
postado em 24/04/2021 12:58 / atualizado em 24/04/2021 12:58
 (crédito: Michael Kappeler/AFP)
(crédito: Michael Kappeler/AFP)
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu em pronunciamento que a população obedeça as novas medidas de isolamento social que entraram em vigor neste sábado, como toque de recolher entre 22h e 5h, limite de aglomeração e fechamento de negócios não essenciais nas regiões com mais infecções.
Merkel falou que as novas regras são duras, mas insistiu que elas são necessárias para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus no país. Ela citou o exemplo de países como Reino Unido, Portugal e Irlanda, que viram as taxas de infecção caírem drasticamente após períodos de lockdown mais severos.
"Nenhum país conseguiu sair da terceira onda da pandemia sem medidas mais duras de restrições", disse no vídeo. Na sexta-feira, as autoridades sanitárias alemãs reportaram 23.392 novos casos e 286 óbitos da doença. Desde o início da pandemia, a Alemanha já tem quase 3,3 milhões de infectados e 81.444 mortos.
Após alcançar a meta de 200 milhões de doses aplicadas nos cem primeiros dias da presidência de Joe Biden, o governo dos Estados Unidos começa a ver os primeiros sinais de uma queda na demanda pelo imunizante. Pesquisa da Kaiser Family Foundation mostra que a vacinação no país pode estar chegando a um platô, com o fim da vacinação daqueles que querem ser vacinados.
Com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) autorizando o reinício da vacinação com o imunizante de dose única fabricado pela Johnson & Johnson, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou que não é mais preciso agendar vacinação na cidade e qualquer cidadão maior de 16 anos pode ir até um local designado e tomar o imunizante.
A menos de cem dias do início dos Jogos Olímpicos, o Japão reportou neste sábado 5.500 novos casos da doença no país, o maior número em três meses, com várias cidades, incluindo a capital Tóquio, iniciando procedimentos para conter a doença. Governadores pedem que o governo central do país endureça as medidas contra a pandemia e dê ajuda econômica aos setores mais afetados, como turismo e agricultura.
O Paquistão teve neste sábado seu dia mais fatal desde o início da pandemia, com 157 mortes, elevando o total a 16.999. São 790.016 casos. O primeiro ministro, Imran Khan, disse que colocará o exército nas ruas para aplicar as medidas de isolamento social.
No levantamento mais recente da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, o mundo acumulava 145.759.060 casos confirmados de covid-19. Já as mortes somam 3.089.162, sendo o Brasil o segundo país no planeta com mais óbitos, 386.416.
 

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