O papa Francisco chamou, neste domingo (25), de "vergonha" o desaparecimento de 130 migrantes desde quinta-feira após um naufrágio no Mediterrâneo, e se declarou "muito entristecido por esta tragédia".
"Confesso que estou muito triste com a tragédia que, mais uma vez, ocorreu nos últimos dias no Mediterrâneo. Irmãos e irmãs, devemos nos questionar sobre esta enésima tragédia. É um momento de vergonha", disse o sumo pontífice aos fiéis após a oração Regina Coeli, na praça São Pedro do Vaticano.
A ONG SOS Méditerranée anunciou na quinta-feira que detectou perto da costa da Líbia dezenas de corpos ao lado de uma embarcação inflável, que naufragou com cerca de 130 migrantes a bordo.
"Cento e trinta migrantes morreram no mar, são pessoas, são vidas humanas que durante dois dias inteiros imploraram em vão por ajuda. Uma ajuda que não chegou", continuou o papa.
As ONGs humanitárias acusam os países da União Europeia de não quererem ajudar os imigrantes em perigo, mas também de impedirem as suas atividades de resgate.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 453 migrantes morreram afogados no Mediterrâneo desde o início de 2021, a maioria deles na rota central que conecta as costas da Tunísia e da Líbia com as da Itália.
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