O chefe da OMS criticou nesta segunda-feira(10) "manobras geopolíticas" na diplomacia de vacinas, que apenas atrasam o fim da pandemia.
“A única opção que temos para acabar com esta pandemia é a cooperação”, declarou o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, quando questionado pela imprensa sobre as práticas de alguns países como a China ou a Rússia que dão aos países acesso às vacinas que faltam, mas em troca de uma compensação.
“Diplomacia de vacinas não é cooperação, é manobra geopolítica”, afirmou. “Não podemos vencer este vírus competindo, se competirmos por recursos ou por uma vantagem geopolítica, é o vírus que tira vantagem”, insistiu.
“E se houver confronto é ainda pior”, alertou, lembrando o que foi registrado no ano passado.
"O confronto minou" a estratégia de combate à doença, disse ele sem citar ninguém, mas aparentemente aludindo claramente ao governo Trump sem se referir a ele.
Ele ressaltou que durante a semana passada a pandemia matou quase 90.000 pessoas e que 5,4 milhões de pessoas foram infectadas.
Números em parte causados pela nova variante que causou a explosão da doença na Índia.
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