O governo boliviano anunciou nesta segunda-feira (10) a chegada para esta semana de 1,5 milhão de vacinas russas e chinesas contra a covid-19, que estão em falta em sete das nove regiões do país.
“Esta semana chegam ao país um milhão e meio de vacinas: 500 mil da Sputnik V [da Rússia] e um milhão da Sinopharm [da China]”, disse o presidente boliviano, Luis Arce, em cerimônia na casa presidencial.
A chegada de mais vacinas tem sido uma reclamação dos governos departamentais, que se encarregam de aplicá-las na população.
As regiões de La Paz, Santa Cruz (leste), Chuquisaca (sudeste), Tarija (sul) e Pando (norte) usaram 80% das doses recebidas, enquanto as de Cochabamba (centro) e Oruro (oeste) quase 95% , de acordo com dados oficiais.
O ministro da Saúde, Jeyson Auza, reconheceu na semana passada que faltam vacinas: “não podemos mentir para a população, estamos acelerando o processo, [mas] a inexistência de vacinas não é problema da Bolívia, é global".
O país andino recebeu quase 1,2 milhão de vacinas da Rússia, China e por meio do dispositivo Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS) desde o ano passado.
O anúncio da chegada de mais vacinas coincide com alertas dos serviços de saúde departamentais sobre uma iminente terceira onda da pandemia na Bolívia.
Os contágios vêm aumentando desde abril, após terem diminuído em fevereiro. Na última semana, a média diária de novos casos era de 1.578, enquanto há um mês era de 957, segundo dados oficiais.
A segunda onda da pandemia eclodiu na Bolívia em dezembro. As infecções passaram de 92 diárias na última semana de novembro para 2.257 na última semana de janeiro, superando o recorde da primeira onda de 1.628 por dia na terceira semana de julho de 2020.
A Bolívia, de 11,5 milhões de habitantes, acumula 318.610 infecções da covid-19 e 13.228 mortes, segundo o balanço oficial.
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