Um juiz estabeleceu nesta quarta-feira (12) várias circunstâncias agravantes contra o policial Derek Chauvin, condenado pela morte do cidadão negro George Floyd, abrindo caminho para uma sentença severa neste caso que chocou os Estados Unidos e cruzou as fronteiras.
Em resolução divulgada no mesmo dia, o magistrado Peter Cahill, que deve proferir sentença no dia 25 de junho, enumera quatro fatores.
Para o magistrado, o policial envolvido "abusou de sua posição de confiança e autoridade"; "tratou George Floyd com grande crueldade"; agiu violentamente na presença de quatro "crianças" e "cometeu seu crime no meio de uma multidão" de pessoas. Isso abre a porta para uma sentença mais dura contra o agente Chauvin.
Cahill, no entanto, rejeitou um argumento final levantado pelos promotores, argumentando que a vítima "não era particularmente vulnerável", apesar do uso de drogas e dos pulsos algemados, já que havia conseguido resistir à prisão.
Em 25 de maio, na cidade de Minneapolis, quatro policiais tentaram prender Floyd, suspeito de ter usado uma nota de 20 dólares falsificada em um supermercado. Para imobilizá-lo, algemaram-no e colocaram-no de bruços no chão. Chauvin se ajoelhou em seu pescoço e pressionou por quase dez minutos, apesar dos apelos do suspeito e dos transeuntes.
Imagens do momento foram disseminadas nas redes sociais, o que gerou protestos massivos no país e em várias outras partes do mundo, em um movimento contra o racismo e a brutalidade policial.
Chauvin está preso desde 20 de abril e três outros colegas seus serão julgados em agosto por cumplicidade.
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