A embaixada de Israel na China criticou duramente o "antissemitismo flagrante" da televisão chinesa, em uma reportagem sobre o apoio de Washington ao Estado hebreu.
Em um vídeo publicado no Twitter na terça-feira (18/5), o serviço anglófono da rede estatal de notícias CGTN destacou o "lobby poderoso" dos judeus nos Estados Unidos e afirmou que "os judeus dominam os setores financeiros, os meios de comunicação e a Internet" neste país.
Em resposta, a embaixada de Israel na China declarou ontem à noite estar "consternada com o flagrante antissemitismo expresso por um meio de comunicação oficial chinês".
"As afirmações feitas no vídeo são racistas e perigosas e não deveriam ser usadas por um meio de comunicação que se preze", continuou a embaixada, no Twitter.
Os comentários da CGTN surgem em meio aos confrontos mais violentos entre Israel e palestinos em uma década.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, as incursões israelenses deixaram pelo menos 217 vítimas fatais palestinas desde 10 de maio. E, segundo a polícia de Israel, 12 israelenses foram mortos por foguetes palestinos.
Pequim criticou a "obstrução" dos Estados Unidos para que o Conselho de Segurança da ONU aprovasse uma declaração pedindo o fim das hostilidades.
"Devido à obstrução de um país, o Conselho de Segurança não foi capaz de falar a uma só voz", lamentou o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, no domingo (16/5), pedindo a Washington "que assuma suas responsabilidades" nas Nações Unidas.
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