O Haiti declarou estado de emergência sanitária em todo o país nesta segunda-feira(24) por oito dias devido ao aumento das infecções por covid-19 após a detecção das variantes inglesa e brasileira do vírus.
A medida inclui toque de recolher entre 22h e 5h em todo o país. Pontos de higienização das mãos devem ser instalados em todos os edifícios públicos e privados.
O uso da máscara voltou a ser obrigatório nos locais de atendimento ao público, sob pena de multa, indica o decreto presidencial publicado nesta segunda-feira. Seu uso era solicitado desde maio de 2020, embora a população não cumprisse a medida.
“Este decreto de oito dias visa fortalecer as medidas de saúde pública já recomendadas e reduzir o movimento de pessoas”, disse a ministra da Saúde, Marie-Greta Roy Clément.
“Provavelmente esse decreto terá de ser renovado se os números não diminuírem, por um período mais longo e com medidas muito mais drásticas”, alertou em entrevista coletiva.
Nas últimas 72 horas, quinze pessoas morreram de covid-19 em hospitais, enquanto o número acumulado de mortes oficialmente registradas desde março de 2020 chega a 300.
Metade das infecções registradas nos últimos três dias são em pessoas com menos de 50 anos, o que preocupa as autoridades sanitárias. O Haiti é um dos dez países do mundo que ainda não iniciaram sua campanha de vacinação.
O país deve receber 130 mil doses da AstraZeneca "até o final de junho ou início de julho", lembrou o ministro. A ilha caribenha receberá essas vacinas por meio do programa Covax, mecanismo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para fornecer imunizantes aos 92 países mais pobres.
“Como (a) AstraZeneca (vacina) estará disponível primeiro, o público-alvo serão os idosos”, confirmou Roy Clément, acrescentando que o Haiti também busca “adquirir outras vacinas que possam ser administradas à população mais jovem”.
Mais da metade da população do Haiti tem menos de 20 anos e um terço tem menos de 14 anos.
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