O movimento islamita Hamas é a favor de negociações "indiretas e rápidas" para realizar uma troca de prisioneiros com Israel após a escalada militar de ambos os lados, disse seu líder na Faixa de Gaza, Yahya Sinuar, nesta segunda-feira (31).
"Agora há uma oportunidade real neste caso e estamos prontos para negociações indiretas, urgentes e rápidas", afirmou Sinuar, ao ser questionado pela AFP sobre uma possível troca de prisioneiros com Israel, durante uma coletiva de imprensa em Gaza.
O chefe do gabinete político do Hamas na Faixa de Gaza, um enclave palestino com dois milhões de habitantes, deu essas declarações durante uma visita do chefe dos serviços de inteligência egípcios, Abbas Kamel.
Este último tenta consolidar o cessar-fogo alcançado pelo Hamas - que governa Gaza - e Israel, estabelecido em 21 de maio, após uma escalada militar que deixou mais de 260 mortos, a grande maioria deles palestinos.
De acordo com um funcionário que pediu anonimato, as discussões em Gaza se concentraram em "três pontos: transformar a trégua em um período de calma de longo prazo, a troca de prisioneiros entre o Hamas e a ocupação [israelense] e a reconstrução da Faixa de Gaza".
"Dissemos [à delegação egípcia] que não temos objeções a que esses dois caminhos [a reconstrução e a troca de prisioneiros] avancem em paralelo. Mas rejeitamos categoricamente a relação entre ambos os aspectos", acrescentou Sinuar, que não especificou quantos prisioneiros poderiam ser libertados.
No domingo, no Cairo, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gabi Ashkenazi, falou sobre a repatriação para Israel dos corpos de dois soldados mortos em combate em 2014 e de dois civis israelenses que entraram no enclave e estão detidos desde então.
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