Genebra, Suíça - Quatro décadas após a aparição dos primeiros casos de aids, dezenas de países alcançaram ou superaram as metas estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2016, anunciou a ONU nesta quinta-feira (3).
Ao menos 40 países estão no caminho de reduzir 90% da mortalidade vinculada com a aids até 2030, incluindo nove países da África do leste e do sul, segundo um relatório da Unaids.
O texto não dá estatísticas por países, mas mostra que as mortes relacionadas com a aids diminuíram em todas as regiões desde 2010, exceto na Europa do leste e Ásia central.
As infecções também aumentaram nesta região no mesmo período e avançaram levemente na América Latina e Oriente Médio/Norte da África.
Em 2016, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu alguns objetivos para 2020 com o objetivo de erradicar a aids antes de 2030.
Cinco anos mais tarde, dezenas de países com características epidemiológicas e econômicas diferentes alcançaram ou superaram alguns desses objetivos. Isso prova que "é possível controlar uma pandemia que parecia quase incontrolável há 20 anos", explica a Unaids, a agência especializada da ONU.
Em 2020, foram registradas cerca de 690.000 mortes relacionadas à aids, ou seja, uma redução de 55% de 2001 para 2020, diz o relatório, publicado às vésperas da quinta sessão de alto nível sobre a aids da Assembleia Geral, que será realizada de 8 a 10 de junho.
Segundo o documento, "os países com leis e políticas progressistas e sistemas sanitários fortes e inclusivos obtiveram os melhores resultados contra o HIV".
Nesses países, as pessoas que vivem com HIV têm mais chances de terem acesso a serviços eficazes de combate ao vírus, entre eles a detecção, o acesso a um tratamento médico preventivo e a cuidados de qualidade. Também podem receber um tratamento durante vários meses.
Segundo o relatório, a democratização da terapia antirretroviral permitiu evitar cerca de 16,2 milhões de mortes em uma década.
Entre as 37,6 milhões de pessoas que tinham HIV no mundo em 2020, a Unaids estima que 27,4 milhões estavam sob tratamento, um número que mais que triplicou desde 2010, mas que ainda está abaixo do objetivo de 2020 de 30 milhões.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.