SAÚDE

Covid-19: EUA vão comprar e doar 500 milhões de doses de vacina

As doses compradas serão da vacina Pfizer/BioNTech

Correio Braziliense
postado em 10/06/2021 06:00
Acordo foi firmado com a Pfizer: 200 milhões de doses ainda neste ano -  (crédito: Nicolas Tucat/AFP)
Acordo foi firmado com a Pfizer: 200 milhões de doses ainda neste ano - (crédito: Nicolas Tucat/AFP)

Com mais da metade da população vacinada contra o coronavírus e sob uma pressão internacional para ajudar no enfrentamento à escassez de imunizantes, os Estados Unidos planejam comprar 500 milhões de doses para distribuir entre países mais atingidos pela pandemia. A medida foi antecipada ontem pela imprensa americana, e o anúncio formal deve ser feito, ainda nesta semana, na reunião do G7, no Reino Unido.

Biden deu uma pista sobre esse anúncio ao viajar, ontem, para o encontrou com os líderes do grupo, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Ao ser questionado se tinha uma estratégia de vacinação para o mundo, ele respondeu: “Tenho uma e vou anunciar”.

As doses compradas serão da vacina Pfizer/BioNTech. Segundo o jornal The New York Times, o presidente fará o anúncio da aquisição ao lado do diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla. O acordo prevê que os EUA paguem o preço “sem fins lucrativos” e que as primeiras 200 milhões de doses sejam enviadas neste ano. As 300 milhões restantes, em 2022. Os destinos dos imunizantes não foram divulgados.

No mês passado, o governo Biden se comprometeu a redistribuir doses de vacinas já adquiridas e que não foram aplicadas no país. O Brasil faz parte da lista das 40 nações que vão receber parte do 1º lote de doações, com 25 milhões de doses. Ao todo, cerca de 80 milhões de doses — imunizantes da AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson — devem ser doadas.

Tratamento

Também ontem, o governo estadunidense anunciou um acordo com a farmacêutica Merck para a compra de 1,7 milhão de lotes de uma pílula experimental contra o Sars-CoV-2. Trata-se do antiviral molnupiravir, atualmente na fase 3 de um ensaio clínico global com 1.850 pessoas. Os resultados dessa etapa estão previstos para o outono, a partir de setembro.

Segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, o acordo, de US$ 1,2 bilhão, é “parte da abordagem governamental de Biden para desenvolver novos tratamentos para a covid-19 e responder às necessidades de saúde pública.” O país só vai concluir o acordo se o molnupiravir receber uma autorização de uso de emergência ou uma aprovação total da Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora americana.

O medicamento, desenvolvido pela Merck em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics, pertence a uma classe de antivirais chamados inibidores da polimerase. Eles atuam sobre uma enzima usada por vírus para copiar seu material genético. Dessa forma, introduzem mutações que impedem os micro-organismos de se replicarem. A abordagem demonstrou eficácia em estudos de laboratório contra outros vírus, como o influenza e o ebola, mas não foi autorizada ou aprovada para uso contra nenhuma dessas doenças.

» Aprovado certificado europeu de vacinação

Os eurodeputados aprovaram o certificado digital europeu sobre a covid, que tem o objetivo de facilitar as viagens dentro da União Europeia. Agora, cabe a cada país colocar a iniciativa em prática até 1º de julho. Dinamarca, Alemanha, Grécia, França e Espanha são alguns dos que já começaram a emitir os documentos, que são gratuitos. “É a resposta europeia para acabar com o mosaico de diferentes regras”, afirmou a legisladora centrista francesa Nathalie Colin-Oesterlé. O projeto recebeu 546 votos favoráveis e 93 contrários, além de 51 abstenções.

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