ELEIÇÃO

Keiko Fujimori pede anulação de cerca de 200.000 votos no Peru

O último relatório do órgão eleitoral aponta 50,2% dos votos para Castillo contra 49,7% para a líder da direita, com 99% das urnas contabilizadas

Agência France-Presse
postado em 10/06/2021 00:00 / atualizado em 10/06/2021 00:00
 (crédito: Gian MASkO/ AFP )
(crédito: Gian MASkO/ AFP )

A candidata presidencial de direita Keiko Fujimori solicitou nesta quarta-feira (9) perante o tribunal eleitoral do Peru a anulação de cerca de 200 mil votos, em entrevista coletiva em Lima após a acirrada eleição de domingo em que foi superada pelo esquerdista Pedro Castillo.

"O Força Popular está apresentando hoje ações de nulidade de 802 atas de votação em todo o país, o que será apresentado ao júri eleitoral nacional", informou Fujimori no momento em que o último relatório do órgão eleitoral aponta 50,2% dos votos para Castillo contra 49,7% para a líder da direita, com 99% das urnas contabilizadas.

Fujimori, 46, também afirmou que está “acompanhando todo o processo de observação que está sendo realizado neste processo de contestação (revisão), que é de 1.200 atas, que esperamos que sejam logo contabilizadas na recontagem final pelo Júri Nacional das Eleições".

O pedido de anulação "representa aproximadamente 200 mil votos (...) que devem ser retirados da contagem nacional", acrescentou.

“Se somarmos 802 atas em que foram apresentados pedidos de nulidade que representam mais ou menos 200.000 votos, e adicionarmos as 1.200 atas sob observação, que representam 300.000 votos, ainda estão em jogo 500.000 votos, meio milhão de votos a nível nacional", continuou.

Em nome de seu partido, O Força Popular, Fujimori afirmou: “Seremos um governo que respeita a democracia, a Constituição vigente e criaremos um governo com estabilidade financeira e econômica”.

Desde segunda-feira, a filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori denuncia uma fraude na eleição, mas o ONPE, órgão eleitoral do Peru, rejeita essa possibilidade. A Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) também qualificou o processo como normal e transparente.

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