A Agência Espacial Europeia (ESA) selecionou, nesta quinta-feira (10/6), a sonda EnVision para uma missão a Vênus programada para 2030, a fim de entender como esse planeta se tornou um inferno tóxico inabitável.
A decisão vem uma semana depois que a NASA anunciou duas novas missões para Vênus, Davinci+ e Veritas, entre 2028 e 2030.
A sonda EnVision, que competia com outro projeto chamado Theseus, foi finalmente selecionada pelo comitê do programa científico da ESA por sua tecnologia "revolucionária", explicou a agência (22 Estados-membros) em um comunicado.
O orbitador embarcará uma série de instrumentos europeus que oferecerão "uma visão global do planeta, de seu núcleo interno à alta atmosfera, a fim de determinar como e por que Vênus e a Terra evoluíram de forma tão diferente".
Embora Vênus tenha aproximadamente o mesmo tamanho e composição da Terra, sofreu mudanças climáticas dramáticas, evoluindo "em uma atmosfera tóxica e envolta em densas nuvens ricas em ácido sulfúrico", explicou a ESA.
A oportunidade de lançamento mais próxima para EnVision é 2031, e outras opções são possíveis em 2032 e 2033.
Após a decolagem, EnVision levará cerca de 15 meses para chegar ao seu destino e outros 16 meses para chegar à sua órbita elíptica final, na qual irá oscilar entre 220 e 540 km do planeta.
Os espectrômetros a bordo irão monitorar os gases na atmosfera e analisar a composição da superfície, "procurando por quaisquer mudanças relacionadas a sinais de vulcanismo ativo".
Um radar fornecido pela NASA enviará imagens e mapas da superfície.
Um instrumento também permitirá sondar a estrutura interna do planeta e seu campo gravitacional.
A missão anterior da ESA, Venus Express (2005-2014), centrou-se principalmente na investigação atmosférica.
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