Em seu primeiro dia de atividades, o novo governo de Israel autorizou uma polêmica marcha de militantes judeus nacionalistas e de extrema direita em Jerusalém Oriental. Adiada de quinta-feira passada para hoje, a manifestação, que será realizada no setor palestino ocupado da Cidade Santa, desperta temores de novos atos de violência.
O protesto foi considerado por analistas como o primeiro grande desafio do governo liderado pelo chefe da direita nacionalista Naftali Bennett, que se aliou ao centrista Yair Lapid no quadro de uma coalizão que encerrou 12 anos ininterruptos sob comando de Benjamin Netanyahu.
A marcha é uma exaltação à “jornada de Jerusalém”, com a qual os israelenses celebram a “reunificação” da cidade em 1967, mas que significa para os palestinos a conquista e anexação de Jerusalém Oriental. O movimento islamita Hamas, no poder no território palestino de Gaza, ameaçou adotar represálias se a passeata se aproximar da Esplanada das Mesquitas.
Ontem, ao lado de Lapid, Bennet apresentou o novo gabinete ao presidente em fim de mandato Reuvin Rivlin — Isaac Herzog, do Partido Trabalhista, assume no mês que vem. O novo premiê também se reuniu brevemente com Netanyahu, que já pensa no retorno ao poder: “Temos uma oposição forte, decidida a derrubar esse perigoso governo de esquerdas.”
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