PANDEMIA

Covid-19: França dispensa o uso de máscaras de proteção

Com 67,1 milhões de habitantes, a França registrou, há dois dias, 3,2 mil novos casos da covid, o nível mais baixo desde agosto de 2020

Correio Braziliense
postado em 17/06/2021 06:00
Turistas passam em frente ao Museu do Louvre, em Paris: fim gradativo das restrições -  (crédito: Bertrand Guay/AFP)
Turistas passam em frente ao Museu do Louvre, em Paris: fim gradativo das restrições - (crédito: Bertrand Guay/AFP)

O governo da França decidiu acelerar o ritmo de volta à normalidade e dá novos passos para o fim das restrições impostas para conter a disseminação do novo coronavírus. A quatro dias das eleições regionais, que se anunciam difíceis para o Palácio do Eliseu, o país determinou o fim da obrigatoriedade de usar máscara ao ar livre a partir de hoje e o levantamento do toque de recolher no domingo.
As decisões foram anunciadas pelo primeiro-ministro Jean Castex, após uma reunião do Conselho de Defesa e do Conselho de Ministros. Segundo ele, foram tomadas porque a situação sanitária “melhora mais rápido do que havíamos previsto”.

Com 67,1 milhões de habitantes, a França registrou, há dois dias, 3,2 mil novos casos da covid, o nível mais baixo desde agosto de 2020. Pelo menos 30,7 milhões de pessoas receberam a primeira dose e 16,7 milhões estão completamente imunizadas. “É normal que ajustemos nossas medidas”, disse o premiê francês.

O uso de máscara, dessa forma, será obrigatório em espaços fechados, como comércios, escritórios e transportes. Em locais ao ar livre, a proteção será cobrada apenas em circunstâncias específicas, como encontros entre muitas pessoas, lugares muito movimentados ou estádios.

Por sua vez, o fim do toque de recolher foi antecipado em 10 dias. Atualmente, a medida está valendo a partir das 23h (horário local), mas nos momentos mais devastadores da epidemia chegou a alcançar 18h.

A França foi um dos últimos países europeus, ao lado da Itália e da Grécia, a manter o toque de recolher, cada vez mais discutido e menos respeitado, conforme observado anteontem à noite durante as celebrações pela vitória da França contra a Alemanha na Eurocopa de futebol. Também se questionava a obrigatoriedade geral de usar máscara.

Jean Castex defendeu a estratégia de saída da crise anunciada no fim de abril e que “alguns consideravam muito rápida e insuficientemente prudente”. O premiê também celebrou a queda de contágios e de internações, sobretudo em UTIs, atribuindo a situação atual à mobilização dos franceses e ao sucesso da campanha de vacinação.

Turismo

A União Europeia (UE) também avançou na abertura e aprovou o retorno de turistas americanos, mesmo que não estejam vacinados. Às vésperas do início do verão no Hemisfério Norte, os 27 países do bloco ampliaram a lista de nações, cujos cidadãos têm permissão para viagens não essenciais, o que permitirá a entrada de seus passageiros sem justificativa.
Além dos Estados Unidos, foram incluídos Albânia, Líbano, Macedônia do Norte, Sérvia, Taiwan, Hong Kong e Macau. Na lista anterior já constavam Japão, Austrália, Israel, Nova Zelândia, Ruanda, Singapura, Coreia do Sul e Tailândia.
Para entrar na lista, um país deve registrar menos de 75 casos de covid-19 por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Mesmo assim, a UE dá a seus países-membros o poder de impor condições a esses turistas, como testes de diagnóstico ou quarentenas.
Na Índia, apesar de o país liderar a lista de mortes por covid-19 em 24 horas (2.542), o mausoléu turístico do Taj Mahal reabriu ontem, após dois meses de fechamento. Já em Moscou, o prefeito Serguei Sobianin decretou a imunização obrigatória de todos os funcionários do setor de serviços, devido à situação crítica na capital russa. “Devemos fazer de tudo para implantar a vacinação em massa o mais rápido possível e impedir essa doença terrível”, disse ele em seu blog. A capital russa é o epicentro da última onda do coronavírus no país.

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