Manila, Filipinas - O ex-presidente das Filipinas Benigno "Noynoy" Aquino, herdeiro de uma das principais famílias políticas do país, morreu nesta quinta-feira (23/6), aos 61 anos, informou o governo.
Aquino, que governou arquipélago de 2010 a 2016, era o único filho da ex-presidente Corazón Aquino e de seu marido, o senador assassinado Benigno "Ninoy" Aquino. Os dois eram venerados porque ajudaram o retorno da democracia nas Filipinas na década de 1980, após a ditadura de Ferdinand Marcos.
O porta-voz do presidente Rodrigo Duterte anunciou a morte poucas horas depois da internação de Aquino em um hospital de Manila. "Nos compadecemos e sentimos a dor da família e dos entes queridos do ex-presidente Benigno Simeón 'Noynoy' Aquino III, ao mesmo tempo que expressamos nossas condolências por seu falecimento prematuro", disse o porta-voz Harry Roque.
"Agradecemos ao ex-presidente por suas contribuições e serviços ao pedimos a nosso povo que faça uma oração pelo descanso eterno do ex-chefe do Executivo", completou.
A família não revelou detalhes sobre a morte do político, um católico praticante.
O ministro das Relações Exteriores, Teodoro Locsin, expressou no Twitter "tristeza com a morte de um homem incorruptível". Aquino foi "corajoso sob ataque armado, ferido em fogo cruzado, indiferente ao poder e suas regalias, que governou nosso país com uma estranha frieza, mas era porque escondia tão bem seus sentimentos que parecia que não os tivesse", afirmou.
O juiz do Tribunal Supremo Marvic Leonen, que foi o negociador de paz de Aquino com os rebeldes muçulmanos, afirmou que ele era um "homem amável, estimulado por sua paixão por servir ao nosso povo, diligente em suas obrigações e com uma curiosidade ávida e voraz pelo mundo em geral".
Aquino, que antecedeu o presidente Duterte no poder, seguiu uma agenda anticorrupção durante seu mandato e estimulou reformas econômicas. Fato incomum neste país católico e conservador, Aquino permaneceu solteiro durante toda a vida, mas teve relacionamentos com várias mulheres.
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