Estados Unidos

Cunhada do presidente do Paraguai está entre os mortos no desabamento de prédio em Miami

Ao menos 64 pessoas morreram no desabamento de um prédio de 12 andares em Surfside, Flórida, enquanto 76 pessoas ainda estão desaparecidas

Agência France-Presse
postado em 09/07/2021 17:11
 (crédito: Andrea SARCOS / AFP)
(crédito: Andrea SARCOS / AFP)

Ao menos 64 pessoas morreram no desabamento de um prédio de 12 andares em Surfside, Flórida, ao norte de Miami, informaram as autoridades locais nesta quinta-feira (8),enquanto 76 pessoas ainda estão desaparecidas. Entre os mortos estão parentes do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez: sua cunhada Sophia López Moreira e o marido Luis Pettengill e o filho mais novo do casal. Os corpos das duas filhas do casal e da babá Lady Luna Villalba ainda não foram encontrados, revelou o chanceler paraguaio, Euclides Acevedo.

A prefeita do condado de Miami-Dade (que inclui Miami e Surfside), Daniella Levine Cava, divulgou o novo balanço na tarde desta quinta-feira, admitindo que relatar os números "não ficou mais fácil" duas semanas após a tragédia.

O Champlain Towers South, um edifício de 12 andares à beira-mar ao norte de Miami Beach, desabou parcialmente na manhã de 24 de junho, enquanto dezenas de moradores dormiam no local.

"O trabalho continua com toda a velocidade e urgência necessárias", disse Levine Cava anteriormente em entrevista coletiva. “Trabalhamos 24 horas por dia para encontrar vítimas e permitir que as famílias tenham o direito a viver seu luto o mais rápido possível”, acrescentou.

"O trabalho continua com toda a velocidade e urgência necessária", ressaltou a prefeita.

Além de um adolescente encontrado horas após o colapso, os serviços de emergência não encontraram vítimas vivas quando rastrearam a pilha de escombros do antigo complexo residencial.

Porém, "ainda rezamos por um milagre", afirmou o prefeito da pequena cidade de 6.000 habitantes, Charles Burkett, garantindo que "nem toda esperança foi perdida".

No 15º dia de operações, os socorristas fizeram um breve minuto de silêncio às 1h20 da madrugada, hora na qual parte do prédio desabou.

Artigos pessoais 

Policiais e especialistas forenses têm a tarefa de identificar corpos ou restos mortais para alertar as famílias das vítimas.

Dos mais de 60 mortos confirmados, 35 já foram identificados e 34 famílias foram notificadas. Ao menos três paraguaios, dois argentinos, um chileno, uma uruguaia, um venezuelano e uma uruguaia-venezuelana morreram no desabamento.

Levine Cava mencionou que rabinos estão cooperando com a polícia para recuperar os restos mortais das vítimas de acordo com a religião, já que Surfside tem uma grande comunidade judaica.

As equipes de resgate também encontraram itens pessoais, documentos de identidade, álbuns de fotos, certificados escolares, joias, carteiras, telefones celulares, tablets e armas, que separaram para entrega posterior aos parentes.

A prefeita ligou para as famílias das vítimas para informar sobre os itens de seus entes queridos e disse que o trabalho de entregá-los será feito nas próximas semanas ou meses.

Ao menos 124 toneladas de escombros foram removidas do complexo Champlain Towers South, cujo colapso ainda é inexplicável, embora a estrutura parecesse estar parcialmente deteriorada.

O restante do prédio, cuja instabilidade foi considerada perigosa para os socorristas, foi demolido de forma controlada na noite de domingo, permitindo que equipes de busca e resgate escavassem áreas antes inacessíveis.

As autoridades locais ordenaram verificações de segurança de edifícios próximos após o desastre, incluindo do Champlain Towers North.

 

 

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação