Os cinco milhões de habitantes de Sydney, a maior cidade da Austrália, terão que passar "pelo menos" mais duas semanas em confinamento devido ao coronavírus, anunciou a chefe do governo estadual, Gladys Berejiklian, nesta quarta-feira (14/7).
O anúncio foi feito no momento em que a cidade atravessa sua terceira semana de confinamento, em uma luta para conter a variante Delta do coronavírus, mais contagiosa, identificada pela primeira vez na Índia.
Sydney detectou 97 novos casos nas últimas 24 horas, mais do que no dia anterior.
"Sempre dói dizer isso, mas precisamos estender o bloqueio por pelo menos mais duas semanas", informou Berejiklian.
Sob a estratégia "covid zero" da Austrália, as autoridades estão tentando erradicar a transmissão comunitária do vírus.
A paralisação deveria terminar em 16 de julho, mas foi adiada para 30 de julho.
Muitos dos residentes de Sydney podem deixar suas casas para fazer exercícios, fazer compras, trabalhar ou receber cuidados médicos, mas as escolas estão fechadas e as pessoas estão sendo solicitadas a ficar em casa.
Algumas fontes de contágio enfrentam restrições mais severas, incluindo um prédio de apartamentos em Bondi que foi totalmente fechado depois de registrar nove casos.
A polícia colocou em prática uma vigilância no prédio para evitar que os ocupantes saíssem do local.
Berejiklian não descartou restrições mais duras em toda a cidade se os casos continuarem a aumentar.
O surto atual de covid-19 na Austrália começou em meados de junho e atingiu 864 casos.
Vinte pessoas estão em tratamento intensivo e duas morreram.
A Austrália foi exaltada por seu controle precoce da pandemia, mas a lenta aplicação de vacinas deixou a população desprotegida, enquanto outros países começaram a se abrir.
As fronteiras australianas foram fechadas desde março de 2020 e não se espera que reabram antes do final do ano.
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