HAITI

Magnicídio foi planejado na República Dominicana

Correio Braziliense
postado em 15/07/2021 21:20
 (crédito: Yamil Lage/AFP)
(crédito: Yamil Lage/AFP)

O assassinato do presidente haitiano, Jovenel Moïse, por um comando armado, em 7 de julho, foi planejado na vizinha República Dominicana, afirmou à noite o chefe da polícia do Haiti. Em uma foto que viralizou nas redes sociais, é possível ver duas pessoas — entre os suspeitos depois detidos pela polícia — e o ex-senador Joel John Joseph, alvo de uma ordem de prisão, participando lado a lado em uma reunião. Segundo o diretor-geral da polícia haitiana, Léon Charles, as pessoas na foto estavam planejando o assassinato do presidente Moise na República Dominicana.
“Estavam reunidos em um hotel de Santo Domingo. Ao redor da mesa estão os autores intelectuais, um grupo de recrutamento técnico e um grupo de arrecadação de fundos”, disse Charles. “Algumas das pessoas na foto foram detidas. É o caso do médico Christian Emmanuel Sanon e de James Solages. Este último coordenou com a empresa de segurança venezuelana CTU, de Miami.”
Até o momento, 21 pessoas foram detidas, incluindo 18 colombianos e 3 haitianos, dois deles também com nacionalidade americana. Três colombianos foram mortos pela polícia. Em meio à investigação, quatro agentes de segurança do presidente foram isolados e 24 estão submetidos a medidas cautelares, disse Charles. Mercenários colombianos detidos afirmaram que foram contratados para capturá-lo e entregá-lo à agência de combate às drogas dos Estados Unidos, a DEA.
Ontem, a viúva do presidente do Haiti, Martine Moise, levada para Miami após o ataque em que ficou gravemente ferida, publicou fotos de sua hospitalização. “Obrigada à equipe de anjos da guarda que me ajudaram neste momento terrível”, disse ela, sobre uma maca de hospital. Em uma das fotos, Martine aparece com o braço direito enfaixado.

Biden condiciona vacinas a Cuba
O presidente norte-americano, Joe Biden, disse estar disposto a enviar a Cuba “quantidades significativas” de vacinas contra a covid-19. A remessa seria feita sob uma condição: a de que uma organização independente aplique as doses. “Há um número de coisas que consideramos fazer para ajudar o povo de Cuba, mas isso exigiria uma circunstância diferente, ou uma garantia de que o governo não tomaria vantagem delas”, disse o democrata. No último domingo, milhares de cubanos saíram às ruas para protestar contra o governo.

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