Migrantes

Vários migrantes desaparecidos após naufrágio entre a Turquia e a Grécia

Muitos contratam contrabandistas e arriscam suas vidas em viagens perigosas em embarcações precárias e sobrecarregadas.

Agência France-Presse
postado em 23/07/2021 11:21 / atualizado em 23/07/2021 11:21
 (crédito: Jason TAVLAS / AFP)
(crédito: Jason TAVLAS / AFP)

Vários migrantes estavam desaparecidos na manhã desta sexta-feira (23) na costa de Creta, um dia depois de o barco em que viajavam naufragar com 45 pessoas a bordo, informaram a guarda costeira grega e o ministério da Defesa turco.

A guarda costeira grega resgatou 37 migrantes durante a noite, principalmente da Síria e do Iraque, e continua a operação de busca, apesar do vento forte, disse a polícia portuária grega à AFP.

O barco naufragou na Grécia, no limite das águas nacionais e internacionais, acrescentou a fonte.

Na área grega, um helicóptero militar Superpuma participa da busca com a ajuda de navios da guarda costeira e de um petroleiro grego com bandeira maltesa.

Na noite de quinta-feira, cinco pessoas foram transportadas de avião para a ilha grega de Karpathos e outras 30, incluindo uma criança, foram levadas de avião para Yerápetra, na costa sudeste de Creta, constatou um fotógrafo da AFP.

A guarda costeira turca começou a procurar a embarcação "depois de receber um aviso" de que ela afundou a cerca de 260 quilômetros da costa da cidade de Kas na quinta-feira, disse o ministério da Defesa turco em um comunicado.

De acordo com os sobreviventes, entre 8 e 12 outras pessoas estavam a bordo do barco que afundou 60 milhas náuticas a sudeste de Creta.

O vento forte atrapalha as operações de busca dos desaparecidos.

Todos os sobreviventes testaram negativo para a covid-19, disseram os socorristas.

Os migrantes irregulares muitas vezes usam a Turquia como porta de entrada para os países prósperos da Europa Ocidental através da Grécia.

Muitos deles contratam contrabandistas e arriscam suas vidas em viagens perigosas em embarcações precárias e sobrecarregadas.

Em 2016, a Turquia assinou um acordo com a União Europeia para conter o fluxo de migrantes para a UE.

A Turquia acolhe atualmente cerca de 3,7 milhões de refugiados sírios.

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