Primavera boreal

Economia europeia retoma com força caminho do crescimento

No primeiro trimestre, o PIB da zona do euro havia caído 0,3%, após uma queda de 0,6% nos últimos três meses de 2020

Agência France-Presse
postado em 30/07/2021 08:48 / atualizado em 30/07/2021 08:49

A economia europeia retomou sua trajetória de crescimento na primavera boreal (outono no Brasil), beneficiando-se dos avanços da campanha de vacinação contra a covid-19 e da suspensão progressiva das restrições sanitárias - informam dados divulgados nesta sexta-feira (30/7) pelo Eurostat.

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro subiu 2% no segundo trimestre do ano em relação ao trimestre anterior, o que marca uma volta do crescimento após seis meses de quedas, anunciou o escritório europeu de estatísticas.

Para o conjunto da União Europeia (UE), a alta foi de 1,9%. Entre as grandes economias, a Espanha foi a que mais cresceu (+2,8%), seguida de Itália (+2,7%), Alemanha (+1,5%) e França (+0,9%).

No primeiro trimestre, o PIB da zona do euro havia caído 0,3%, após uma queda de 0,6% nos últimos três meses de 2020.

Os especialistas esperavam esta recuperação para o período abril-junho, graças ao levantamento das restrições sanitárias que paralisaram a atividade, especialmente nos setores de turismo, transportes, hotelaria e restauração.

A melhora da economia se refletiu no mercado de trabalho. O índice de desemprego na zona do euro caiu em junho, situando-se em 7,7% da população ativa, contra os 8% registrados em maio, conforme o Eurostat.

No conjunto da UE, o desemprego caiu 0,2 ponto percentual, a 7,1%.

Em torno de 14,9 milhões de pessoas estavam desempregadas na UE em junho e, deste total, 12,5 milhões na zona do euro.

O ponto negativo do panorama econômico é a inflação, que aumentou 2,2% em julho na zona do euro. Superou a meta de 2% estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE), no momento em que a alta de preços ao consumidor preocupa os investidores.

Essa tensão nos preços provoca nos mercados o temor de uma alta das taxas de juros. O BCE, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e muitos especialistas acreditam, porém, que esse aumento da inflação seja "temporário".

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