Onda de violência inédita na África do Sul deixa mais de 30 mortos

Saques e violência vieram na esteira da prisão do ex-presidente Jacob Zuma

Joanesburgo, África do Sul - Pelo menos 32 pessoas morreram na África do Sul desde que os saques e a violência começaram, há vários dias - informou uma autoridade provincial na terça-feira (13/7).

Ao todo, 26 pessoas morreram na província de Kwazulu-Natal (leste), anunciou o primeiro-ministro regional, Sihle Zikalala, à imprensa. A elas, somam-se mais seis pessoas que perderam a vida em áreas próximas a Joanesburgo, informou o presidente Cyril Ramaphosa na noite de segunda-feira (12/7).

De acordo com Zikalala, várias das mortes ocorreram em "debandada neste contexto de distúrbios", sem especificar um local.

Os primeiros incidentes, com estradas bloqueadas e caminhões incendiados, aconteceram na sexta-feira, dia seguinte da prisão do ex-presidente Jacob Zuma, condenado a prisão por desacato à Justiça. No fim de semana, os atos de violência se espalharam por Joanesburgo, capital econômica do país.

Os incidentes continuaram nesta madrugada, observaram vários jornalistas da AFP, especialmente em Soweto, um enorme "township" (áreas desfavorecidas reservadas para pessoas "não-brancas") ao oeste de Joanesburgo.