O México realiza, neste domingo (1º), um referendo para decidir se vai investigar e julgar cinco ex-presidentes por corrupção, embora antecipe um baixo comparecimento que o deixaria sem efeitos jurídicos.
A votação, para a qual foram instaladas 57.000 urnas, começou às 8h00 locais (10h00 no horário de Brasília) e vai durar dez horas.
O chefe do Instituto Nacional Eleitoral (INE), Lorenzo Córdova, disse que o dia está calmo e que apenas oito das 57.000 mesas não foram instaladas por decisão das comunidades.
A consulta, primeira a nível federal, é impulsionada pelo presidente esquerdista Andrés Manuel López Obrador e seu partido Morena. Para ser vinculante, devem votar ao menos 37,4 milhões de pessoas (40% do padrão eleitoral). Uma contagem rápida será anunciada pelo INE à noite.
O "sim" conseguiria até 90%, mas não teria carater legal porque "dificilmente se chegará a 30%" de participação", disse Roy Campos, diretor do instituto de pesquisa Mitofsky. Mas AMLO, acrônimo do presidente de 67 anos, não perde a esperança.
O referendo, cujos resultados serão anunciados de 48 a 72 horas após a votação, acusa Carlos Salinas (1988-1994), Ernesto Zedillo (1994-2000), Vicente Fox (2000-2006), Felipe Calderón (2006-2012) e Enrique Peña Nieto (2012-2018).
No México, os ex-presidentes podem ser julgados como qualquer cidadão, porque perdem sua jurisdição ao deixarem o poder.
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