Com o avanço da variante Delta, os Estados Unidos investem na campanha de imunização para barrar a disseminação do novo coronavírus o mais rápido possível. Ontem, o Pentágono ordenou que todos os integrantes das Forças Armadas americanas sejam vacinados contra a covid-19 até meados de setembro, segundo anunciou, em nota, o secretário de Defesa, Lloyd Austin. Também em nota, o presidente Joe Biden assinalou que apoia “fortemente” a decisão. “Essas vacinas salvam vidas”, ressaltou o chefe da Casa Branca.
Até o momento, os imunizantes só tiveram aprovação de emergência nos EUA. Por isso, os comandantes militares americanos não haviam obrigado as tropas a receber as doses, como fazem com outras vacinas. Austin disse que tornará a iniciativa compulsória em todos os serviços até 15 de setembro, ou mesmo antes, se o fármaco da Pfizer ou outros obtiverem aval total da Food and Drug Administration (FDA).
Segundo a nota do Pentágono, antes da ordem da vacinação, os militares também vão monitorar de perto as taxas de infecção, que agora estão aumentando devido à variante Delta, e o impacto que essas taxas poderiam ter nesse processo. “Não hesitarei em agir antes ou recomendar um rumo diferente ao presidente, se sentir a necessidade de fazê-lo”, enfatizou Austin.
Mais da metade dos 2,5 milhões de soldados na ativa e na Guarda Nacional federal — força de reservistas — foram vacinados, de acordo com estatísticas oficiais. Isso gerou garantias de normalidade nos círculos do governo americano, preocupados de que o vírus pudesse afetar a prontidão militar.
Fronteira reaberta
Também ontem, após 17 meses, Estados Unidos e Canadá reabriram a fronteira, a mais extensa do mundo. Isso aconteceu depois que Ottawa eliminou a exigência de quarentena para os visitantes do país vizinho que estiverem 100% vacinados. Até então, estavam permitidas apenas viagens essenciais.
Pela nova regra, está autorizado o ingresso de cidadãos americanos e dos residentes permanentes que tiverem recebido a dosagem completa de um imunizante aprovado por autoridades canadenses pelo menos 14 dias antes da chegada ao país. Os viajantes também devem estar assintomáticos no momento de cruzar a fronteira.
Ottawa e Washington enfrentavam uma pressão crescente de grupos de viagens e turismo para aliviar as restrições, que acabou ocorrendo num momento de grande apreensão na América do Norte, por conta de aumento de casos de covid-19 provocados pela variante Delta.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.