Nova York, EUA - A tempestade tropical Henri tocou o solo em Rhode Island, costa leste dos Estados Unidos, neste domingo (22/8), enquanto milhões de pessoas na Nova Inglaterra e Nova York se preparam para inundações repentinas, ventos violentos e quedas de energia.
Henri, que passou de furacão de categoria 1 para tempestade tropical quando a intensidade de seus ventos caiu para 119 km/h, atingiu solo perto da cidade de Westerly às 12h15 do horário local (13h15 no horário de Brasília), disse o Serviço Meteorológico Nacional no Twitter.
Às 12h (horário de Brasília), o olho de Henri estava 25 quilômetros ao sudeste de Montauk Point, no estado de Nova York e soprava ventos máximos sustentados de 95 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.
Meteorologistas alertaram que haverá chuvas fortes e risco de aumento de tempestade quando a Henri atingir o Atlântico. "Ainda há muito com que se preocupar. Não estamos fora de perigo", disse o governador de Nova York, Andrew Cuomo, a repórteres na manhã de domingo.
Conforme a camada superficial dos oceanos esquenta devido às mudanças climáticas, os ciclones se tornam mais poderosos e carregam mais água, representando uma ameaça crescente para as comunidades costeiras do mundo, de acordo com os cientistas.
As ondas de tempestade, amplificadas pela elevação do nível do mar, podem ser especialmente devastadoras, e os meteorologistas alertaram que Henri pode causar ondas de até cinco pés em algumas áreas costeiras.
"Poucas mudanças na intensidade (da tempestade) são esperadas até que chegue ao continente, seguido por um rápido enfraquecimento depois que Henri se move para o interior do sul da Nova Inglaterra", escreveu o NHC.
Parte do nordeste do país, incluindo Nova York, foi declarada em alerta na sexta-feira devido à aproximação de Henri, que o centro meteorológico americano calculou que tocaria solo na qualidade de furacão.
Em Long Island, que abriga os Hamptons, local aonde os nova-iorquinos ricos se dirigem no verão, alguns residentes correram para estocar água e outros suprimentos.
Mas as estradas estavam, no geral, tranquilas, pois os residentes se preparavam para a tempestade em casa.
"Sabemos que a cauda (da tempestade) vai nos atingir", disse Amy Pedatella, administradora de imóveis de 46 anos que passou o sábado fazendo seguro de casas à beira-mar nos Hamptons.
Estado de emergência
O agravamento das condições meteorológicas obrigou, no sábado à noite, o cancelamento do grande show que ocorreria no Central Park para marcar o reencontro dos artistas com o público nova-iorquino depois da pandemia.
Diante da ameaça, vários governadores pediram cautela à população. "Levem isso a sério. Preparem-se HOJE para a tempestade que se aproxima no domingo. Observem a previsão local e mantenham-se a salvo", Cuomo pediu no sábado.
O governador também declarou estado de emergência e ordenou a mobilização preventiva de 500 soldados da Guarda Nacional.
"Preparem-se para chuvas intensas, ventos fortes e cortes de energia", alertou também aos moradores das áreas potencialmente afetadas no estado de Nova York.
A capital cultural e econômica dos Estados Unidos ainda se lembra com dor do furacão Sandy, que matou 44 pessoas em 2012.
Em Massachusetts, onde está a cidade de Boston, o governador Charlie Baker pediu para "evitar deslocamentos desnecessários", especialmente nas áreas costeiras, onde se espera chuvas de até 15 cm..
Neste estado, cujas praias e parques estão fechados de sábado até segunda-feira, o furacão poderia provocar cortes de eletricidade que afetem entre 100.000 e 300.000 habitantes, segundo as autoridades.
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