A mais de 3.000 metros acima do nível do mar, na calota polar da Groenlândia, registrou-se chuva em meados de agosto, um fenômeno muito pouco comum - disse o instituto meteorológico dinamarquês DMI nesta segunda-feira (23/8).
A chuva foi observada por várias horas em 14 de agosto na estação americana Summit, situada no topo da calota polar, relatou o Centro de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC).
"A chuva pode cair apenas se a temperatura estiver acima, ou ligeiramente, abaixo de 0°C. Portanto, esta é uma situação extrema, porque pode ser que nunca tenha acontecido", disse Martin Stendel, pesquisador do DMI, à AFP.
"É provável que seja um sinal do aquecimento global", acrescentou.
As temperaturas estavam um pouco acima de 0°C, o que significa que a neve está derretendo e volta a congelar para virar gelo.
Esse fenômeno aconteceu apenas nove vezes nos últimos 2.000 anos e, destas, três ocorreram nos últimos dez anos (2012, 2019 e 2021). Em 2012 e 2019, não choveu, revelou o especialista.
"Não podemos demonstrar se choveu ou não nas seis ocasiões anteriores, mas é muito improvável, o que torna as chuvas observadas ainda mais notáveis", completou.
Este episódio de chuvas se dá após temperaturas incomuns de mais de 20°C registradas no norte da Groenlândia durante o verão, o que se traduziu em um ritmo acelerado de derretimento da calota polar.
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